Siga a folha

Descrição de chapéu
Cinema

Drama esportivo com Cafu é autoajuda em forma de filme

Desempenho de atores é bom, pena que eles não tenham um texto mais poderoso para defender

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Eu Sou Brasileiro

Avaliação: Regular
  • Quando: Estreia na quinta (15)
  • Classificação: 10 anos
  • Elenco: Daniel Rocha, Fernanda Vasconcellos, Zezé Motta, Letícia Spiller
  • Produção: Brasil, 2019
  • Direção: Alessandro Barros

Alguns livros de autoajuda foram adaptados ao cinema, como o best-seller mundial “A Cabana”. O longa “Eu Sou Brasileiro”, do diretor e roteirista Alessandro Barros, pode ser considerado um filme original de autoajuda.

Tem papel essencial na narrativa a decisão de um jovem de escrever um relato de superação depois que um acidente sabota o seu sonho de ser jogador de futebol profissional.

É protagonizado por dois rostos conhecidos das novelas globais. Daniel Rocha interpreta Leonardo, o atleta promissor que tem a carreira interrompida. Fernanda Vasconcellos faz Lu, sua vizinha, melhor amiga de infância e, após o acidente, sua mulher.

O desempenho dos dois é o ponto mais positivo do filme. Transparece uma química forte e atraente entre eles. As cenas do cotidiano, contemplando namoricos, brincadeiras com o filho pequeno e discussões sobre os problemas financeiros do casal são bem desenvolvidas e graciosas.

Pena que os atores não tenham um texto mais poderoso para defender. Se “Eu Sou Brasileiro” funciona sem maiores problemas nos quesitos técnicos de filmagem, seu roteiro descaradamente edificante se pretende simples, mas escorrega para o simplório.

Os personagens secundários são esquemáticos. A periguete interessada na chance de Leo ficar famoso, a diretora de escola que incentiva o ex-jogador a se tornar um escritor, o cunhado aproveitador, 
enfim, todos são tipos rasos,  tão previsíveis quanto os desdobramentos do enredo.

Letícia Spiller é desperdiçada no mais equivocado dos personagens, a terapeuta que tenta auxiliar Leo a superar a frustração pelo sonho fracassado e a perda da mãe. Chega a ser constrangedora a cena que reproduz trecho da sessão de terapia, na qual impera uma psicologia de botequim.

O que poderia ser uma sacada esperta do roteiro não dá certo. Uma revelação que vem à tona nos últimos dez minutos deveria surpreender, mas é na verdade previsível desde o trecho inicial da projeção.

Drama “do bem”, feito para inspirar, o filme não tem estofo para cumprir a missão.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas