A vencedora do prêmio Nobel da paz Malala Yousafzai está expandindo sua parceria com a Apple para produzir dramas, séries infantis, animação e documentários que vão ao ar no serviço de streaming do gigante da tecnologia. A informação foi anunciada por ambas nesta segunda-feira (8).

Malala, de 23 anos, e sua nova produtora Extracurricular se juntam à crescente lista de criadores de conteúdo da Apple TV+, incluindo Oprah Winfrey, Steven Spielberg, Will Smith, Octavia Spencer e Jennifer Aniston, disse a fabricante do iPhone numa publicação sobre o Dia Internacional da Mulher, feita em seu site.

"Espero que por meio dessa parceria eu consiga trazer novas vozes à plataforma, a este estágio", disse Malala à agênica de notícias Reuters. "Espero que através de mim, mais jovens e meninas assistam a esses programas e se inspirem."

Em 2015, a Apple produziu um documentário sobre Malala. Três anos depois, se associou ao Fundo Malala para promover o ensino médio para meninas do mundo inteiro.

Aos 12 anos, Malala escreveu em seu blog —com um pseudônimo— para a BBC sobre viver sob o domínio do Talibã do Paquistão. Em 2012, ela sobreviveu a um tiro na cabeça de um atirador do Talibã por fazer campanha contra as tentativas do regime de negar a educação das mulheres.

Aos 17 anos, ela se tornou a pessoa mais jovem a ganhar o prêmio Nobel da paz. Em 2018, ela lançou a Assembly, uma publicação digital para meninas e mulheres jovens, disponibilizada no Apple News, e se formou na Universidade de Oxford, em junho.

"Eu acredito em contar histórias porque isso tem feito parte da minha vida, foi a minha história que inspirou tantas pessoas ao redor do mundo a perceber que nem todas as meninas têm acesso à educação", disse ela.

No 110º Dia Internacional da Mulher, Malala disse que as mulheres de todo o mundo deveriam fazer uma pausa para apreciar tudo o que conquistaram. "Quero que toda menina e mulher tenha orgulho de si mesma, de tudo o que conquistou em sua vida."