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Justiça dos EUA resgata animais de 'A Máfia dos Tigres', sucesso da Netflix

Apreensão é para evitar maus-tratos e danos aos bichos, diz porta-voz do Serviço de Pesca e Vida Silvestre

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Washington | AFP

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (20) que apreendeu dezenas de animais felinos do antigo parque zoológico de Joe Exotic, o protagonista da série documental "A Máfia dos Tigres", exibida pela Netflix.

Funcionários do Departamento de Justiça realizaram na segunda uma operação no parque, localizado no estado americano de Oklahoma, por violação da lei de espécies ameaçadas. Eles informaram que os atuais gestores do local —Jeffrey e Lauren Lowe— violaram repetidamente as leis que exigem o cuidado adequado dos animais e não cumpriram uma ordem para contratar um veterinário qualificado.

A operação poderá servir de inspiração para um novo episódio de "A Máfia dos Tigres", um dos programas mais vistos do serviço de TV por streaming.

Em declaração juramentada apresentada ao Tribunal Distrital dos Estados Unidos, em Oklahoma, um porta-voz do Serviço de Pesca e Vida Silvestre relatou que o parque cria grandes felinos sem os cuidados adequados e sem informações sobre os filhotes, como é necessário.

"Os animais correm um grande risco de sofrer mais danos e maus-tratos se não forem apreendidos", adverte a declaração.

Os Lowe, que apareceram na série, assumiram o zoológico de Joe Exotic, cujo nome verdadeiro é Joseph Maldonado-Passage, em 2016, depois que o empresário teve problemas financeiros e legais.

O documentário acompanha a vida de Maldonado-Passage, de 58 anos, detido em 2018 e condenado a 22 anos de prisão em 2019 por tentar planejar o assassinato de sua rival Carole Baskin, dona de outro parque de grandes felinos e defensora dos direitos dos animais. Ela havia criticado os métodos de Maldonado-Passage, principalmente a criação excessiva de felinos e os maus-tratos, que levaram à morte de vários animais.

Em junho de 2020, um tribunal ordenou que os Lowe transferissem a Carole a propriedade do parque, com exceção dos animais.

Dessa forma, os Lowe levaram os felinos e planejaram a abertura do Tiger King Park em 2021. Mas autoridades descobriram que os abusos continuavam.

A Justiça ordenou, então, a apreensão dos animais, mas, segundo o depoimento dos agentes responsáveis, isso não se deu sem violência.

Durante a execução de uma primeira ordem, no início de maio, Lauren Lowe ameaçou matar o agente Kevin Seiler, diz ele. "Seus comentários foram especialmente intimidadores, levando em conta que seu ex-sócio está preso por ter contratado um matador de aluguel."

A operação de resgate foi finalmente realizada, com um total de 45 tigres, seis leões e uma pantera negra apreendidos, segundo comunicado do Departamento de Justiça, que não especificou para onde os animais foram levados.

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