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Sérgio Camargo quer mudar nome de Fundação Palmares para Princesa Isabel

Presidente da instituição volta a criticar líder quilombola e a defender homenagem a suposta redentora

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São Paulo

Sérgio Camargo, presidente da Fundação Cultural Palmares, voltou a declarar que deseja mudar o nome da instituição para André Rebouças ou Princesa Isabel. "Não faz sentido homenagear Zumbi [dos Palmares], um líder tirano e escravocrata", escreveu ele, no Twitter, neste domingo (9).

Camargo disse ainda que se essa alteração dependesse somente dele, já teria feito "na base da canetada".

"É uma das propostas que constam do projeto que apresentei à Secretaria Especial da Cultura quando fui convidado para assumir a presidência da instituição, em outubro de 2019", afirmou o presidente.

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, em 6 de maio de 2020 - Pedro Ladeira/Folhapress

Para mudar o nome da fundação, Camargo precisaria, porém, de chancelas de outros órgãos federais, como a Câmara.

Essa não é a primeira vez que o presidente defende a alteração do nome da instituição. Em novembro do ano passado, ele já havia dito que gostaria de homenagear a princesa Isabel, mulher branca supostamente redentora que decretou a abolição da escravatura no Brasil.

Constantemente criticado por Camargo, Zumbi liderou o quilombo de Palmares, o maior do eixo afro-atlântico, na antiga capitania de Pernambuco, na segunda metade do século 17.

Na sexta passada, a Justiça Federal proibiu Camargo de excluir parte do acervo da fundação.

Envolvido em uma série de polêmicas, ele é acusado de assédio moral, perseguição ideológica e discriminação contra funcionários da instituição.

Criada em 1988 e citada na Constituição, a Fundação Cultural Palmares está atualmente vinculada ao Ministério do Turismo e é responsável por promover e preservar manifestações culturais negras do país.

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