Criolo critica prefeitura de SP em espetáculo com coros contra Bolsonaro
Rapper citou acusações do padre contra a prefeitura da cidade e fez setlist com músicas do novo álbum 'Sobre Viver'
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Deboches à prefeitura de São Paulo, energia contagiante e um atraso de quase uma hora marcaram o show do rapper Criolo, na Virada Cultural, deste sábado.
O músico subiu ao palco Parada Inglesa, ao som de "Pretos Ganhando Dinheiro Incomoda Demais" e ao lado de DJ DanDan, com quem cantou junto a maioria das canções.
Logo no início do show, Criolo engatou uma manifestação política, numa fala recheada de sacarsmo e contrária à própria organização da Virada Cultural. "Se você puder entrar no Instagram do padre [Júlio] Lancelotti, vai ser tão interessante", disse, em referência às acusações do padre contra a prefeitura paulistana.
Segundo Lancelotti, o órgão ofereceu uma marmita e R$ 60 para moradores em situação de rua trabalharem por 12 horas na montagem dos palcos do evento. Criolo repetiu a fala e pediu que a intérprete de libras de seu show enfatizasse bem o recado.
A atmosfera política também esteve presente entre o público, que mais de uma vez fez gritos em coro de "ei, Bolsonaro, vai tomar no cu" e "olê, olê, olá, Lula, Lula".
Lançado no início do mês, "Sobre Viver", disco que marca o retorno de Criolo ao rap —após anos na cena MPB—, compôs a setlist, com canções como "Diário do Kaos", "Aprendendo a Sobreviver", "Moleques São Meninos, Crianças São Também" e "Quem Planta Amor Aqui Vai Morrer".
Houve também aceno a outras eras da carreira do músico, com faixas como "Sistema Obtuso", "Lion Man", "Yemanjá Chegou" e "Não Existe Amor em SP".
Foi num clima intimista e com o samba de "Menino Mimado" que Criolo encerrou sua apresentação na Virada, ovacionado pelo público, que pediu bis em êxtase. O início do arranjo de "Grajauex" começou a tocar e o músico deu a entender que cantaria o hit, o que animou a plateia, mas logo depois se despediu e saiu.
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