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Regina Duarte, crítica da Lei Rouanet, já captou R$ 1,4 mi com recurso; veja projetos

Ex-secretária, que já aplaudiu redução do teto para cachês em projetos da lei, terá de devolver R$ 320 mil aos cofres públicos

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Brasília

Regina Duarte, ex-secretária especial de Cultura do governo Bolsonaro que terá de devolver R$ 320 mil por projeto financiado pela Lei Rouanet, captou R$ 1,4 milhão para peças com o incentivo.

Segundo dados disponíveis no Salic, o Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura, a empresa da atriz reuniu recursos para três projetos —"Honra", "Pedro e Vanda" e "Coração Bazar"​, todos de teatro.

Retrato da atriz Regina Duarte na Cinemateca, em 2019 - Jardiel Carvalho/Folhapress

Foi com "Honra", estrelada por ela, Gabriela Duarte, Carolina Ferraz e Marcos Caruso, que A Vida É Sonho Produções Artísticas, empresa de Duarte com seus filhos, arrecadou mais dinheiro —foram R$ 800 mil, já com as contas aprovadas.

"Pedro e Vanda", de Jay Di Pietro, angariou R$ 288 mil e levou aos palcos Gabriela Duarte e Marcelo Serrado, numa temporada de quatro meses.

"Coração Bazar", que captou R$ 321 mil, é o monólogo que teve suas contas reprovadas, segundo publicação no Diário Oficial nesta quinta-feira. O atual secretário, Hélio Ferraz de Oliveira, recusou o recurso da empresa e manteve a reprovação de contas da peça.

Segundo reportagem da revista Veja que revelou o caso, a área técnica do ainda Ministério da Cultura reprovou a prestação de contas de "Coração Bazar" em 2018.

Em entrevista à revista, André Duarte, filho de Regina e um dos sócios da empresa, afirmou que a prestação de contas foi reprovada porque não apresentaram os comprovantes de que a peça não cobrou ingressos nas apresentações em 2004 e 2005 —essa seria a contrapartida do projeto.

Apesar de usar o recurso para seus projetos, Regina Duarte já aplaudiu em suas redes sociais o anúncio do então secretário de fomento da Secretaria Especial da Cultura, André Porciuncula, que previa a redução do teto para cachês em projetos culturais realizados por meio da Lei Rouanet.

Em postagem no Instagram, Duarte, que chefiou a secretaria entre março e maio de 2020, definiu o corte como uma "novidade importante no setor cultural brasileiro".

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