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Veja 7 curiosidades sobre Tarsila do Amaral, artista que morreu há 50 anos

Um dos grandes nomes da arte nacional, pintora se envolveu com o comunismo, viveu romances e teve obras roubadas

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São Paulo

Tarsila do Amaral foi um dos grandes nomes da arte brasileira de todos os tempos. Nesta terça-feira em que se completam 50 anos da morte da pintora, conheça algumas curiosidades sobre a vida de um dos nomes pioneiros do modernismo paulista.

'Manteau Rouge', autorretrato de Tarsila do Amaral - Divulgação

Grupo dos Cinco

Tarsila foi uma das integrantes do Grupo dos Cinco, nome pelo qual ficaram conhecidos os cinco pioneiros da arte moderna paulista. Junto a Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Menotti Del Picchia e Anita Malfatti, desafiou os costumes da sociedade brasileira da época.

Anita Malfatti retratou o grupo em um desenho de 1922, ano da Semana de Arte Moderna

Obra 'Clube dos Cinco', de Anita Malfatti - Reprodução

Vida amorosa

Tarsila se casou pela primeira vez aos 20 anos, em 1906, com o médico André Teixeira Pinto, com quem teve sua única filha, Dulce do Amaral Pinto no mesmo ano. Pinto era um marido conservador e se opunha ao desenvolvimento artístico de Tarsila. Para ele, a artista devia se dedicar aos cuidados da casa e da filha. Assim que sua filha nasceu, a artista pediu anulação do seu matrimônio.

Vinte anos depois do primeiro casamento, em 1926, Tarsila se casou com Oswald de Andrade, parceiro modernista e redator do "Manifesto Antropófago", para quem fez o "Abaporu". Três anos depois, ela se separou do poeta depois de ele a trair com Patrícia Galvão, a Pagu.

Em 1931, namorou por um curto período o médico Osório Cesar. Ainda nos anos 1930, Tarsila começou seu romance com o escritor Luís Martins, que durou 18 anos.


'Abaporu'

A obra foi feita para ser o presente de aniversário de Oswald, que ficou maravilhado e disse que era o melhor quadro da artista até então. "Abaporu" significa homem que come carne humana, uma referência ao movimento antropofágico, que buscava "devorar" influências de outros países e construir uma nova arte brasileira.


Vida política

Em 1931, Tarsila expôs suas obras em Moscou, onde se sensibilizou com a causa operária, sob influência de seu amigo Serge Romoff. A pintora, que na época namorava o médico comunista Osório Cesar, participou de reuniões do Partido Comunista Brasileiro e acabou sendo presa por um mês. Depois disso, se separou de Cesar e da vida partidária.


Nas telas e nas letras

Tarsila já foi retratada algumas vezes nas telas. Esther Goés viveu a pintora no filme "Eternamente Pagu", de 1987, e Eliana Giardini emprestou seu rosto a ela nas minisséries "Um Só Coração", de 2004, e "JK", de 2006.

No ano passado, sua arte serviu de inspiração para "Tarsilinha", animação de uma menina de oito anos que tenta recuperar as memórias roubadas de sua mãe.

Tarsila já rendeu uma biografia que a crítica de arte Aracy Amaral publicou na década de 1970, "Tarsila: Sua Obra e Seu Tempo", e também terá uma nova biografia a cargo da jornalista Francesca Angiolillo, tradutora e vencedora do prêmio da Biblioteca Nacional pelos poemas de "Etiópia".


Mostra mais vista do Masp

Em 2019, uma exposição de Tarsila do Amaral destronou Claude Monet como o maior sucesso de público do Masp. Um total de 402.850 pessoas foram ver a modernista brasileira, superando os 401.201 atraídos pelas telas do impressionista francês em 1997. "Abaporu" estava entre as obras expostas.


Obras roubadas

No ano passado, obras de Tarsila do Amaral e de outros artistas pertencentes à coleção Jean Boghici foram roubadas de sua viúva, Geneviève Rose Coll Boghici.

Entre as obras estava os quadros "Sol Poente", "Pont Neuf" e "O Sono". Uma das suspeitas do roubo, Sabine Boghici, filha de Geneviève, foi presa em agosto passado. O caso ainda corre na Justiça.

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