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Cineasta Jafar Panahi deixa Irã pela primeira vez em 14 anos e viaja para a França

Diretor havia sido proibido de deixar o país após ser acusado de propaganda contra o regime que controla o país asiático

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São Paulo

O cineasta iraniano Jafar Panahi deixou o Irã pela primeira vez desde 2010, quando foi proibido de sair do país. À época, ele foi condenado sob a acusação de "propaganda contra o regime". Em sua primeira viagem internacional em mais de uma década, Panahi decidiu viajar para a França, onde deve visitar a filha.

O cineasta havia sido preso no ano passado, dias após a prisão de outros dois cineastas, Mohammad Rasoulof e Mostafa Aleahmad, acusados de "perturbação da ordem pública". O cineasta foi solto após fazer grave de fome para protestar contra sua prisão.

Jafar Panahi em frente a prateleiras com câmeras cinematográficas durante uma entrevista em Teerã - Atta Kenare/AFP

Panahi é um dos principais cineastas iranianos. Ele já foi laureado com um Leão de Ouro no Festival de Veneza pelo filme "O Círculo", de 2000, e com um Urso de Ouro em Berlim por "Taxi Teerã", de 2015. Três anos depois, venceu o prêmio de melhor roteiro por "Three Faces", no Festival de Cannes.

"Depois de cumprir sua pena, Panahi foi autorizado a deixar o país e obteve seu passaporte", disse o advogado do diretor, Saleh Nikbajt. "Até onde eu sei, não há mais nenhum processo legal aberto contra ele", afirmou.

O cineasta foi preso no ano passado em meio a uma repressão à liberdade de expressão no Irã, quando foi à prisão de Evin para investigar o paradeiro de Rasoulof e Aleahmad.

Foi anunciado alguns dias depois que as autoridades iranianas decidiram reativar uma sentença que condenou Panahi em 2010. Artista dissidente, Panahi foi sentenciado naquele ano a seis anos de prisão e 20 anos de proibição de filmar ou escrever roteiros, viajar ou falar à imprensa.

A condenação foi por ter apoiado o movimento de protesto de 2009 contra a reeleição do ultraconservador Mahmud Ahmadinejad para o comando da República Islâmica.

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