Viúvo de Zé Celso diz que 'não sobrou nada' de quarto do diretor após incêndio
Em entrevista ao Fantástico, Marcelo Drummond falou sobre últimos momentos do fundador do Teatro Oficina
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Marcelo Drummond, viúvo do dramaturgo Zé Celso, morto na última quinta-feira, aos 86 anos, afirmou em entrevista ao Fantástico na noite deste domingo que não restou nada do quarto em que o diretor dormia, consumido por um incêndio em seu apartamento.
"Aquele quarto praticamente destruído, todo queimado, não sobrou acho que nada", disse. "A gente está num apart-hotel, por enquanto, para se recompor e descobrir a vida novamente."
O fogo se originou no aquecedor que Zé Celso ligava para dormir, segundo investigação dos bombeiros. Drummond mora em outro apartamento no mesmo prédio no Paraíso, na zona sul de São Paulo.
Um vídeo gravado pelo ator Ricardo Bittencourt, que também morava no local, mostrou detalhes de como ficou o espaço depois do acidente que também vitimou o diretor.
Drummond também contou ao programa da TV Globo como foi sua última interação com o marido com quem casou há um mês, fazendo referência ao cachorro Nagô, que "era apaixonado" por Zé Celso.
"Dei um beijo, peguei na mão e pedi que trouxesse o Nagô, para que visse ele."
A decisão de fazer o velório em meio a uma festa cheia de música no Teatro Oficina, disse Drummond, foi imediata e natural. "Eu só liguei e falei, monta a banda, monta tudo, porque a gente vai para o teatro."
Seu corpo foi velado no Teatro Oficina entre as 23h30 de quinta-feira e 12h30 da sexta-feira, recebido por uma multidão na rua em frente ao teatro. Artistas e público cantavam, dançavam e gritavam "evoé" e "viva o Zé".
O ator do Oficina também compartilhou a última imagem feita do fundador do grupo, comendo laranjas, que Bittencourt havia compartilhado no Instagram com uma mensagem de luto.
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