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Xande de Pilares mostra ginga em preparação para turnê sobre Caetano

Cantor tem se apresentado no Bar do Zeca Pagodinho, onde transita com naturalidade por diferentes gêneros musicais

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Carlos Albuquerque

Xande de Pilares

Avaliação: Ótimo
  • Quando: Qui. (31); 21h30
  • Onde: Bar do Zeca Pagodinho - av. das Américas, 8.585, Rio de Janeiro
  • Preço: R$ 85

Xande de Pilares canta Caetano, mas também canta Djavan, Clara Nunes e Dominguinhos. Enquanto o show do elogiado álbum em tributo ao mestre baiano não sai —a previsão é que aconteça no ano que vem—, o artista carioca exercita a versatilidade na sua residência informal, de todas as quintas-feiras, no Bar do Zeca Pagodinho, em um shopping center na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

O cantor Xande de Pilares em ensaio de divulgação do disco 'Xande Canta Caetano' - Divulgação

No pequeno palco, onde tem se apresentado com frequência desde o ano passado, Xande fez, na quinta-feira, uma espécie de treino descontraído para o show do próximo dia 6, no morro da Urca, também no Rio de Janeiro, durante a turnê do DVD ao vivo "Esse Menino Sou Eu", o segundo da sua carreira solo, lançado em julho deste ano. Se o "aquecimento" for um indicativo, o show vai ser campeão.

Após uma primeira sequência de músicas, que incluiu "Zé Tambozeiro" e "Grades do Coração", gravadas por seu ex-grupo, Revelação, Xande saudou a plateia de aproximadamente 800 pessoas que lotava o espaço e deu o tom da noite. "Quando a pandemia diminuiu e eu já estava cansado de fazer lives, encontrei esse lugar, onde posso me divertir, sem compromisso com roteiro. E hoje não vai ser diferente."

Vestido todo de preto, acompanhado pela mesma banda de 12 integrantes que o segue nos shows oficiais, ele, de fato, dispensou as formalidades e deixou a música o levar ao longo de quase três horas de show.

Ora sentado, ora de pé tocando um tamborim, Xande passeou livremente por Agepê ("Deixa Eu te Amar"), numa cadência ainda mais lenta do que o original, sublinhando seu romantismo, Lecy Brandão ("Isso É Fundo de Quintal"), Djavan (a agridoce "Flor de Lis", colorida pela flauta de Rafael Paulucci), Dominguinhos ("Eu Só Quero um Xodó") e Clara Nunes ("O Mar Serenou").

Revisitou também a própria carreira ("Clareou"), celebrando a letra de Serginho Meriti e Rodrigo Leite. "Se eu não falar o nome do compositor, Deus castiga", afirmou, em tom de brincadeira.

Do dono da casa, emendou versões corretas de "Faixa Amarela", "Lama nas Ruas" e "Coração em Desalinho". "Essa é daquele disco ali pendurado na parede", disse, sobre a última, apontando para uma das lembranças que decoram o bar, junto com diversos instrumentos e imagens de são Jorge.

Na reta final, piscou novamente para o Revelação ("Deixa Acontecer", cheia de soul), saudou Arlindo Cruz ("O Show Tem que Continuar", reforçado como samba de raiz), fez, como bom partideiro, um divertido duelo de rimas com Tico do Império, que toca repique na banda, e se despediu com a lembrança de Beth Carvalho ("Vou Festejar"), acompanhado por um coro extra de 800 eufóricas pessoas.

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