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Descrição de chapéu The Town

Kim Petras, no The Town, faz show animado e com libido alta para um público morno

Artista alemã chegou ao festival no melhor momento de sua carreira, mas nem a alta tensão sexual animou a plateia

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São Paulo

As batidas de um hit do europop bem conhecido dos brasileiros, "Better Off Alone", do grupo holandês Alice Deejay, antecipou a entrada de Kim Petras no palco Skyline no The Town, neste domingo, que veio junto com uma garoa fina sobre o Autódromo de Interlagos.

Kim Petras se apresenta no palco Skyline, no último dia do The Town, em São Paulo - Zanone Fraissat/Folhapress

A música, um hit da década de 1990 que imediatamente arrancou palminhas do público, foi sampleada pela cantora alemã em "Alone", parceria com Nicki Minaj. E está ali porque Petras lembra de dançar ao som dela sempre em festinhas de sua juventude.

É isso o que a artista busca reproduzir em seu trabalho —músicas que possam animar baladas ao redor do mundo. Para alcançar seu objetivo, passeia pelo pop, a EDM e o hyperpop e encarna, especialmente nas canções saídas do álbum "Slut Pop", do ano passado, uma mulher hipersexualizada.

É uma persona criada para despistar a sua timidez, diz Petras. Sob essa personagem, a alemã canta que está com tesão, comanda quem escuta a pôr "sua vadia para fora", diz que os meninos de Los Angeles, de Dubai e do Brasil querem transar e fala que é uma vadia superpoderosa porque faz o cara gozar. Foi, com certeza, o show com o nível de libido mais alto da estreia do The Town.

Petras rebola e quica no palco, mas também se declara com frequência para o público brasileiro com "te amo" e "esperei muito tempo para tocar aqui". Toca músicas mais fofinhas também, como "I Don't Want It All", "All the Time" e "Can't Do Better."

A alemã chega ao The Town em sua melhor fase. Com "Feed the Beast", seu primeiro álbum assinado por uma grande gravadora e lançado em junho deste ano, e "Unholy", parceria com Sam Smith, ela se tornou a primeira mulher trans a alcançar o topo das paradas da Billboard.

Por causa do mega-hit, ela também tocou no palco do Grammy e ganhou, ao lado de Smith, a estatueta de melhor performance de duo ou grupo pop —foi a primeira vez que uma pessoa trans venceu nessa categoria.

As criações de Petras, ótimas quando traduzidas para o palco, são associadas aos produtores Dr. Luke, Max Martin e Sophie —a última, morta em 2021, ajudou a revolucionar a música pop e colaborou muito com Charli XCX, uma clara referência de Petras.

Mesmo com tantas credenciais e entregando uma ótima apresentação, o público do The Town não esboçou muita emoção com a presença da cantora.

Foi o mesmo que aconteceu com artistas menos mainstream que tocaram nos últimos dias do evento, como Yeah Yeah Yeahs e Wet Leg. Só houve algum calor na hora de "Unholy" —que tocou muito nas rádios brasileiras. Nessa hora, é claro, centenas de celulares apontaram para o palco.

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