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Justiça derruba suspensão do livro 'O Menino Marrom', de Ziraldo, em escolas de Minas

Prefeitura de Conselheiro Lafaiete havia suspendido uso do livro em sala de aula afirmando ter recebido reclamações de pais

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São Paulo

A Justiça de Minas Gerais determinou que o livro "O Menino Marrom", de Ziraldo, deve voltar a ser utilizado nas escolas de Conselheiro Lafaiete, cidade do interior de Minas Gerais a cerca de 80 quilômetros de Belo Horizonte.

A obra havia sido recolhida por decisão da Secretaria Municipal de Educação do município. No entanto, o juiz Espagner Wallysen Vaz Leite entendeu que a medida é inadequada e que ela compromete ensinamentos importantes para o desenvolvimento de cidadãos de uma sociedade plural.

Capa do livro 'O Menino Marrom', de Ziraldo - Divulgação

Além disso, ele escreveu na decisão que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme contra a censura prévia.

A Secretaria Municipal de Educação do município havia suspendido o uso do livro em sala de aula afirmando ter recebido reclamações de pais que consideraram a obra agressiva.

O livro, publicado em 1986, conta a história de dois garotos, o menino marrom, um jovem negro, e o menino cor-de-rosa, que é branco, tentando entender por que eles são chamados de preto e de branco e se isso faz alguma diferença.

Pais do município consideraram violenta uma cena em que os garotos fazem referência a um pacto de sangue, que não acontece. "Um deles foi até a cozinha buscar uma faca de ponta para furar os pulsos e misturar o sangue dos amigos eternos", diz o livro.

Os dois não se animam a tomar o método drástico, no entanto, e o silêncio de ambos é interrompido por uma pergunta. "Não tem um alfinete?" Mais uma vez sem coragem, no entanto, a dupla opta por afundar seus dedos num pote de tinta.

Em outra cena questionada pelos pais, o menino marrom diz que quer que uma mulher seja atropelada para o amigo após ela não aceitar sua ajuda para atravessar a rua.

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