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Donald Trump diz que George Clooney é um 'falso ator' após ser criticado

Comentário vem em resposta às declarações recentes do artista, que pede que Joe Biden deixe a disputa presidencial

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São Paulo

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse que George Clooney é um "falso ator" e deveria deixar o cinema e a política de lado e voltar para a televisão.

O comentário, feito através da Truth Social —um Twitter alternativo que faz sucesso entre a direita americana—, vem em resposta às declarações recentes do artista, que assinou um texto no jornal americano The New York Times pedindo para Joe Biden deixar a disputa presidencial para dar lugar a um candidato com chances reais de ganhar de Trump.

"Então agora o falso ator de filmes George Clooney, que nunca chegou perto de fazer um bom filme, entra em ação. Ele se voltou contra o Crooked Joe como os ratos que os dois são", disse, mencionando Joe Biden através de um apelido malicioso em voga desde a participação criticada do presidente em um debate eleitoral.

George Clooney em Los Angeles, nos EUA, onde está em quarentena com sua família, em foto de 9 de dezembro de 2020. Magdalena Wosinska /The New York Times/

George Clooney em Los Angeles, nos EUA, onde está em quarentena com sua família, em foto de 9 de dezembro de 2020. Magdalena Wosinska /The New York Times/

George Clooney em Los Angeles, nos EUA, onde está em quarentena com sua família, em foto de 9 de dezembro de 2020. Magdalena Wosinska /The New York Times/

George Clooney em Los Angeles, nos EUA, onde está em quarentena com sua família, em foto de 9 de dezembro de 2020. Magdalena Wosinska /The New York Times/

George Clooney em Los Angeles, nos EUA, onde está em quarentena com sua família, em foto de 9 de dezembro de 2020. Magdalena Wosinska /The New York Times/

Trump afirma que, ao contrário do que Clooney sugere, Biden não salvou a democracia, ao contrário, transformou o sistema legal numa arma contra o ex-presidente, criou a maior inflação da história dos Estados Unidos, envergonhou o país ao retirar as tropas americanas do Afeganistão e permitiu que milhões de pessoas entrassem ilegalmente nos EUA —"muitas delas vindas de prisões e manicômios", diz.

"Clooney deveria deixar a política e voltar para a televisão. Filmes nunca deram certo para ele!", concluiu Trump.

Em seu texto no The New York Times, Clooney diz que sempre foi pró-Democrata e se orgulha do que o partido representa e defende, e que participou de algumas das maiores campanhas de arrecadação de fundos do partido.

Documentos sigilosos: Os dois candidatos tiveram que lidar com casos de posse pessoal de documentos sigilosos de períodos em que estiveram na Casa Branca. No caso de Biden, no entanto, a investigação era relativa ao período de quando foi vice de Obama e o democrata disse colaborar com a apuração. Já Trump, que alega inocência (e perseguição), o caso virou um dos quatro processos criminais em que é réu. Reuters/Eduardo Munoz - 26.abr.24

Guerra da Ucrânia: A invasão russa ocorreu no início do segundo ano do mandato de Biden e tem sido foco de disputa com republicanos no Congresso. A ala radical do partido opositor, próxima a Trump, fez jogo duro para dificultar a aprovação de novos pacotes de ajuda militar a Kiev. Reuters/Leah Millis - 12.dez.23

Aborto e questões reprodutivas: A interrupção da gravidez é um dos pontos mais relevantes da campanha, principalmente desde a reversão do direito nacional ao aborto, em 2022, o que deixou na mão dos estados regulamentar o procedimento. Trump é geralmente contra visões progressistas sobre direitos reprodutivos, dada sua base conservadora, mas tomou posição oposta e criticou a proibição do Alabama a fertilizações in vitro. AFP/Olivier Douliery - 8.abr.24

Economia: Mesmo com desempenho razoável na economia, Biden tem dificuldade de capitalizar o assunto e vê insatisfação crescente com o tema levar eleitores a Trump e aumentar sua rejeição; na foto, o democrata fala a integrantes do sindicato de trabalhadores do setor automotivo, em Michigan. AFP/Mandel Ngan - 1º.fev.24

China (e o TikTok): Após anos de retórica inflamada e combativa de Trump, Biden assumiu o cargo tentando reduzir as tensões com o maior rival geopolítico. As rusgas, no entanto, só cresceram, com guerra comercial aberta, polêmicas com balões espiões, Taiwan, e o banimento do TikTok, da chinesa ByteDance, dos EUA. AFP/Paul J. Richards - 25.set.15

Israel: Aliado próximo de Tel Aviv, os EUA veem o momento de maior fissura recente na relação com o país amigo. As críticas à guerra em Gaza em pleno ano eleitoral tem levado Biden a criticar o governo de Netanyahu e pausar o envio de armas em meio ao massacre de palestinos. Trump disse que, se fosse presidente, o ataque do Hamas a Israel não teria acontecido e que o aliado precisa parar a guerra. Reuters/Evelyn Hockstein - 18.out.23

Desinteresse de eleitores: Embora o mundo inteiro esteja de olho no pleito, o eleitor americano não demonstra muito interesse pela disputa. 64% dos americanos dizem estar muito envolvidos com a eleição, o menor número em quase 20 anos, segundo pesquisa da NBC. Biden ganha boa vantagem entre eleitores que foram às urnas desde 2018, e Trump vai melhor entre quem poderia, mas não participou de pleitos anteriores. AFP/Ryan M. Kelly - 8.nov.22

Migração: O número de migrantes entrando nos EUA bateu recordes na gestão Biden, e impedir o aumento disso se transformou em uma das principais bandeiras republicanas. Ecoando o muro na fronteira proposta por Trump em 2016, republicamos usam a questão como barganha no Congresso mas a problemática, dizem pesquisas, preocupa também democratas e independentes. AFP/Jim Watson - 8.jan.23

O filho de Biden: Hunter Biden é alvo de republicanos desde a campanha passada e, durante o mandato do pai, continua nos holofotes. Hunter foi acusado de fraude fiscal em dezembro passado, e o presidente é acusado por republicanos de usar o governo para atrapalhar investigações contra o filho. The New York Times/Al Drago - 4.fev.23

Julgamento criminal: Trump é réu em quatro casos na esfera criminal, além de alvo de processos na esfera civil, que têm consumido seu tempo de campanha e seu dinheiro. O menos grave dos quatro criminais foi o único julgado antes da eleição, por falsificação de registros empresariais, e pode levá-lo à cadeia ele foi considerado culpado pelas 34 acusações do caso, e a setença deve sair em julho. Um ex-presidente e ainda por cima candidato preso seria algo inédito, não previsto com clareza na Constituição, e desafia o país. Pool/AFP/Charly Triballeau - 2.mai.24

Idade: Outro grande receio de eleitores é a idade de Biden. O presidente tem 81 anos, assumiria um segundo mandato com 82, e há preocupação de que confusões recentes, como troca de nomes de líderes, se aprofundem com o tempo. Trump, que faz 78 em junho, não fica atrás, mas é menos questionado (e menos prejudicado nas urnas) quando o assunto é idade. AFP/Branden Smialowski - 29.mar.24

Protestos nas universidades: As manifestações pró-Palestina em campi por todo o país colocaram pressão sobre o apoio da gestão Biden a Israel. Apesar das rusgas recentes entre os governos dos dois países, eleitores muçulmanos e progressistas, em geral democratas, se ressentem desse apoio e ameaçam não votar em Biden; Já Trump chamou a ação da polícia para desocupar um protestos de 'coisa linda de se ver'. Getty Images via AFP/Scott Olson - 4.mai.24

"Eu amo Joe Biden. Como senador. Como vice-presidente e como presidente. Eu o considero um amigo e acredito nele", ele escreveu. "Nos últimos quatro anos, ele venceu muitas das batalhas que enfrentou. Mas, se tem uma batalha que ele não pode ganhar, é a luta contra o tempo. Nenhum de nós pode."

"Estamos todos tão apavorados com a perspectiva de um segundo período de Trump que optamos por ignorar todos os sinais de alerta", diz o ator, que afirma ter encontrado Biden pessoalmente e percebido que ele está, de fato, inapto para a candidatura.

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