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Globo gastou com conteúdos que não trouxeram retorno esperado, diz Paulo Marinho

Presidente da emissora disse em evento que busca reverter cenário investindo em portfólio e marketing de influência

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São Paulo

Paulo Marinho, diretor-presidente da Globo, disse que a emissora "errou a mão" em alguns investimentos feitos para a produção de algumas obras nos últimos anos, com um gasto que não trouxe o retorno esperado, sobretudo no streaming, acompanhando a prática do mercado nacional e internacional.

Apesar disso, a emissora carioca cresceu 12% em receita líquida neste ano e teve o melhor resultado em publicidade no primeiro trimestre dos últimos dez anos, conforme ele afirmou em uma palestra do Pay-TV Forum, evento que reúne grandes empresas da TV paga.

"A gente acha que errou um pouco a mão no nível de investimentos, talvez investindo demais em volume, e até custo de conteúdo, versus o retorno que a gente estava conseguindo obter de crescimento de base naquele momento", Marinho disse, segundo o portal Notícias da TV.

Paulo Marinho, diretor-presidente da Globo - Sergio Zalis/Divulgação

A afirmação fez referência ao investimento da emissora em sua plataforma de streaming, o Globoplay, que recebeu vários conteúdos inéditos, o que se sobrepôs ao protagonismo dos canais pagos lineares da emissora —GNT, GloboNews e Multishow.

Marinho disse que os investimentos da Globo no streaming acompanharam o de outros canais de televisão e estúdios de cinema, sobretudo durante a pandemia, que a médio prazo não se provaram sustentáveis —a Disney e a Warner Bros. Pictures, por exemplo, decidiram lançar seus filmes simultaneamente nos cinemas e no sob demanda, mas reverteram a decisão.

Marinho também afirmou que o serviço digital não deve buscar um lugar entre as plataformas internacionais, como a Netflix e a Max.

"A oportunidade que a gente enxerga no internacional é muito na venda do nosso conteúdo e tem várias oportunidades nesse sentido, como as coproduções", afirmou. "Mas a gente não pensa em competir no mercado internacional como um 'player' de mídia. Honestamente, não teríamos nem o fôlego necessário para competir com essa turma."

Segundo o Teletime, portal que cobre telecomunicações e um dos organizadores do evento, Marinho afirmou que a Globo tem investido mais de R$ 5 bilhões por ano em conteúdo e tecnologia, mas que é preciso encontrar um equilíbrio melhor. Para isso, o empresário parece ver na diversidade uma solução.

"A gente tem apostado muito na combinação do portfólio na Globo e também tem investimentos casados em diferentes janelas, fortalecendo o ecossistema Globo como um todo, e a gente vem conseguindo manter os canais fortes e relevantes", disse. "Temos muita crença de que o consumo linear ainda é muito importante, mas mais importante é a combinação dessas ofertas e desses serviços."

Um desses serviços que integram e expandem o portfólio da emissora é a Viu Hub, agência de marketing de influência que já vende a imagem de Patrícia Poeta, Tadeu Schmidt e Gil do Vigor para conteúdos publicitários.

A Globo também comprou uma participação na Eletromidia, empresa que fornece espaços físicos eletrônicos para publicidade, como as telas vistas em ruas, pontos de ônibus ou estações de metrô.

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