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críticas de música

Sabrina Carpenter soa genérica e exala sedução em 'Short n' Sweet'

Cantora lança disco nesta sexta-feira após sucesso estrondoso das músicas 'Espresso' e 'Please Please Please'

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Short n’ Sweet

Avaliação: Bom
  • Quando: Lançamento nesta sexta (23)
  • Onde: Disponível nas plataformas de streaming
  • Autoria: Sabrina Carpenter
  • Gravadora: Island Records

Já há dez anos na estrada da música, só agora Sabrina Carpenter vive o auge da sua carreira. Ela ganhou os holofotes após abrir os shows da "The Eras Tour" de Taylor Swift, quando deixou de ser apenas conhecida como suposto pivô do término entre Olivia Rodrigo e Joshua Bassett.

Mas isso são águas passadas. Embora seja seu sexto disco, "Short n’ Sweet", lançado nesta sexta-feira (23), é o primeiro em que o mundo está realmente ansioso para ver se ela conseguirá emplacar mais hits após o sucesso estrondoso de "Espresso" e "Please Please Please".

Capa do disco 'Short n' Sweet' da cantora Sabrina Carpenter - Divulgação

Chamada pela mídia internacional de "O Verão de Sabrina", ela aproveitou esse clima quente americano para chancelar seu posto de princesa do pop à la Britney Spears, além de reforçar seu lado sedutor e debochado sobre os homens —faceta já apresentada no disco anterior em canções como "Nonsense" e "Read Your Mind".

O álbum soa genérico, mas isso não é uma grande surpresa. Afinal, a própria Sabrina é vista como genérica: branca, loira, magra e bonita, encaixando-se perfeitamente no estereótipo de modelo de capa de revista, quase como uma Barbie da vida real. Tanto que na segunda faixa do disco, ela pede para que seu amado não a faça chorar logo após ter feito tão bem sua maquiagem.

O disco é genérico também por não apresentar nenhuma novidade em relação aos singles já lançados há meses. Sabrina se gaba de como é irresistível e, a qualquer deslize do seu potencial interesse amoroso, ela não hesitará em dizer adeus, como canta em "Good Graces", com versos como: "Você deveria permanecer nas minhas boas graças/ Ou eu vou mudar isso rapidinho".

Mesmo com toda a arte de sedução, impregnada em seu visual com figurinos em cores pastéis, laços e rendas, bem no estilo coquette que realça seu lado menininha, Sabrina se lamenta sobre como as garotas sofrem por amores fracassados, como na canção "Lie to Girls". É a única música do disco em que ela se dispõe a dramatizar o ciclo vicioso do amor em versos como: "Garotas vão chorar e garotas vão mentir, e/ garotas farão isso, até morrer por você."

Como o próprio nome do álbum sugere, tudo é curto e doce, seguindo a máxima do bom enquanto durou. "Eu pensei sobre alguns desses relacionamentos e como alguns deles foram os mais curtos que já tive, mas me afetaram mais", disse a cantora em entrevista à Apple Music sobre a origem do título.

Ela até discorre sobre decepções amorosas, como em "Sharpest Tool", mas há canções tão clichês que dão a impressão de serem velhas conhecidas. Músicas como "Good Graces" e "Bed Chem" poderiam ser facilmente interpretadas por outra queridinha do pop, Ariana Grande, com refrões que reforçam a química sexual entre ela e o parceiro.

Mas o que mais resume o que as mulheres têm vontade de dizer para aquele "boy lixo" é que Sabrina sabe exatamente como responder. Neste disco, ela faz isso muito bem ao zombar a superficialidade dos homens, caçoando de como eles tentam parecer "os caras" quando, na verdade, não passam de rostinhos bonitos.

Em "Dumb & Poetic", ela diz: "Só porque você fala como um, não te faz um homem" e em "Slim Pickins", ela caçoa da inteligência do rapaz: "Esse garoto nem sabe a diferença entre 'seu', 'lá' e 'eles são’".

Apesar das obviedades, Sabrina entrega exatamente o que prometeu nos singles do disco: um pop chiclete que agrada justamente por sua simplicidade. Diferente das músicas de Taylor Swift, onde cada metáfora ou verso exige uma interpretação, aqui você pode simplesmente curtir e cantarolar por aí.

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