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Após apoio a Kamala Harris, entenda relação de Taylor Swift com a política dos EUA

Cantora apoiou Joe Biden em 2020, provocou Trump após morte de George Floyd e defendeu direitos de mulheres e LGBTQIA+

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São Paulo

Não é de hoje que Taylor Swift usa seu alcance para conversar com seus fãs sobre a política americana. A cantora, que acompanha a vice-presidente dos Estados Unidos Kamala Harris no topo da lista da Forbes de mulheres mais poderosas do mundo de 2023, declarou seu voto na democrata após o debate desta terça-feira (10) contra o ex-presidente Donald Trump, se opondo mais uma vez aos republicanos.

Taylor Swift e Kamala Harris - AFP

Taylor Swift deixa claro o que pensa sobre política ao menos desde 2018, dois anos após Trump assumir a Casa Branca, quando a cantora endossou dois candidatos democratas do Tennessee, Phil Bredesen para o Senado e Jim Cooper para a Câmara dos Representantes, em uma publicação no Instagram.

Na publicação desta terça-feira, reforçou sua oposição a Trump. "Vou votar em Kamala Harris e Tim Walz na eleição presidencial de 2024. Estou votando em Kamala porque ela luta pelos direitos e causas que acredito precisarem de uma guerreira para defender", disse a cantora no Instagram.

Veja a seguir as principais declarações políticas de Taylor Swift, organizadas por ano.

2018

No dia 23 de março, Swift fez uma publicação em apoio à March For Our Lives, ou "marcha pelas nossas vidas", movimento estudantil contra a violência armada nos Estados Unidos nascido após o tiroteio em uma escola na Flórida.

"Estou tão comovida pelos estudantes da Parkland High School, pelo corpo docente, por todas as famílias e amigos das vítimas que se manifestaram, tentando evitar que isso aconteça novamente," ela escreveu.

No mesmo ano, no dia 7 de outubro, antes das eleições de meio de mandato americanas, a cantora revelou pela primeira vez em quem votaria, os candidatos Phil Bredesen e Jim Cooper. "No passado, eu relutava em expressar publicamente minhas opiniões políticas, mas devido a vários eventos em minha vida e no mundo nos últimos dois anos, me sinto muito diferente em relação a isso agora," ela escreveu.

"Acredito na luta pelos direitos LGBTQ, e que qualquer forma de discriminação com base na orientação sexual ou gênero é errada. Acredito que o racismo sistêmico que ainda vemos neste país contra pessoas racializadas é aterrorizante, repugnante e prevalente."

Em resposta, Donald Trump disse que gostava 25% menos da música dela.

2019

Em 1º junho de 2019, Swift criou uma petição em apoio à Lei da Igualdade, conjunto de medidas legais que visavam proteger os americanos LGBTQIA+ da discriminação, além de escrever para seu senador pedindo que ele votasse a favor do pacote e incentivar seus fãs a fazer o mesmo.

No dia 17 do mesmo mês, ela lançou o vídeo da música "You Need To Calm Down", que celebrava o mês do Orgulho com partipações de Ellen Degeneres, Hayley Kiyoko, Todrick Hall, Adam Lambert e outras pessoas queer.

Na letra, Swift cantava: "Você é alguém que não conhecemos / Mas está vindo para cima dos meus amigos como um míssil / Por que você está bravo? / Quando poderia estar alegre" —neste último verbo, há um trocadilho entre "glad", alegre em inglês, e a sigla GLAAD, da Aliança de Gays e Lésbicas Contra a Difamação. "Ataques nunca fizeram ninguém ser menos gay", conclui.

Em 23 agosto, ela afirmou ao jornal britânico The Guardian que a presidência de Trump é uma autocracia e se disse pró-escolha, isto é, a favor do direito das mulheres de optar pelo aborto. A cantora disse ainda que não se manifestou na eleição de 2016 porque passava por um momento difícil, com sua mãe doente e o conflito público contra Kim Kardashian e Kanye West.

Três dias depois, ao ganhar o VMA, que premia clipes, com "You Need To Calm Down", ela voltou a mencionar a Lei da Igualdade.

"No final deste vídeo, havia uma petição e ainda há uma petição pela Lei da Igualdade, que basicamente diz que todos merecemos direitos iguais perante a lei", afirmou. "Quero agradecer a todos que assinaram essa petição que agora tem meio milhão de assinaturas, que é cinco vezes a quantidade necessária para justificar uma resposta da Casa Branca."

2020

No último dia de janeiro, Taylor Swift lançou o documentário "Miss Americana" na Netflix. No filme, ela explicou sua oposição à senadora Marsha Blackburn. "Não posso ver outro comercial com ela disfarçando essas políticas com as palavras ‘valores cristãos do Tennessee'", disse. "Eu moro no Tennessee. Eu sou cristã. Isso não é o que defendemos."

Em 29 de maio, após Donald Trump ameaçar manifestantes que incendiaram uma delegacia de Minneapolis em resposta ao assassinato de George Floyd, Taylor Swift respondeu diretamente o então presidente.

"Depois de atiçar as chamas da supremacia branca e do racismo durante toda a sua presidência, você tem a audácia de fingir superioridade moral antes de ameaçar com violência? ‘Quando o saque começa, o tiroteio começa’ [frase utilizada por Trump em sua publicação]?. Vamos te tirar pelo voto em novembro", ela escreveu.

Em 10 de junho, ela apoiou o movimento Black Lives Matter, ou vidas negras importam, e disse que era preciso eleger pessoas que combatam a brutalidade policial. Ela também publicou um link para um artigo do ex-presidente Barack Obama chamado "Como Fazer Deste Momento o Ponto de Virada para uma Verdadeira Mudança".

Em 7 de outubro, ela afirmou que votaria em Joe Biden na eleição presidencial. O político agradeceu publicamente à cantora. No dia 30 seguinte, autorizou que sua música "Only the Young", sobre o papel dos jovens na política, fosse utilizada em um clipe democrata.

2021

Em fevereiro, Swift comemorou a aprovação da Lei da Igualdade pela Câmara dos Representantes "Sim! Dedos cruzados e rezando para que o Senado veja os direitos trans e LGBTQ como direitos humanos básicos", ela escreveu.

2022

Em novembro de 2022, Taylor Swift usou seu Instagram para explicar para seus seguidores a importância das eleições de meio de mandato americanas. "Este ano, mais do que qualquer outro na história moderna, as eleições de meio de mandato afetarão nosso acesso a direitos fundamentais, cuidados básicos de saúde reprodutiva e nossa capacidade de fazer o governo trabalhar para nós", escreveu Swift.

2023

Em setembro de 2023, o diretor de comunicações da Vote.org, Nick Morro, afirmou que um apelo de Swift para que seus fãs se registrassem para votar no Dia Nacional de Registro de Eleitores resultou em uma onda de novas inscrições.

"Curiosidade: depois que Taylor Swift publicou no Instagram direcionando seus seguidores para se registrarem no @votedotorg, nosso site teve uma média de 13.000 usuários a cada 30 minutos.", ele disse.

Em um comunicado à imprensa, a organização disse que recebeu um total de 35.252 novos registros naquele dia, o maior número desde 2020. "Durante a terça-feira, vimos um aumento de 1.226% na participação na hora seguinte à publicação de Taylor Swift", disse a CEO da Vote.org, Andrea Hailey.

2024

Em 5 de março deste ano, 5 de março de 2024, Swift incentivou seus seguidores do Instagram a votarem nas primárias presidenciais dos Estados Unidos. Agora, na última terça, ela se pronunciou a favor de Kamala Harris.

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