Independência, 200

Professora da USP lança livro sobre Independência

Sessão de autógrafos de "Ideias em Confronto" acontece nesta quinta (11) na livraria Megafauna, em SP

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São Paulo

A historiadora e professora da USP Cecilia Helena de Salles Oliveira lança nesta quinta (11) o livro "Ideias em Confronto - Embates pelo Poder na Independência do Brasil (1808-1825)".

O evento acontece às 19h na livraria Megafauna (av. Ipiranga, 200, loja 53, Centro, São Paulo).

Uma série de fatores propiciaram o clima para a emancipação do Brasil a partir de 1822, que terminou apenas em 1825. Revista de História da Biblioteca Nacional/François-René Moreaux

Desde a vinda da família real portuguesa para o Brasil, ganhava corpo um processo de abrasileiramento de dom João, aqui representado na gravura de Giuseppe Gianni (1830). Acervo da Biblioteca Nacional (Brasil)/Giuseppe Gianni

O Brasil foi alçado, em 1815, à categoria de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves; na imagem, litogravura registra aclamação de dom João 6º no Rio . Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo/Jean-Baptiste Debret e Thierry Fréres

Esse novo status não era uniforme em todo o território e crescia a insatisfação com a monarquia no Brasil; em destaque, obra retrata a resposta de Tiradentes ao abrandamento da pena dos demais inconfidentes mineiros. Coleção Museu Histórico Nacional/Leopoldino Faria

Em 1817 eclode a Revolução de Pernambuco; Antônio Parreiras ilustrou a cena da execução de líderes da revolução. O Exército na História do Brasil/Antônio Parreiras

Do outro lado do Atlântico, eclodiu a Revolução Liberal do Porto, aqui representada na pintura de Roque Gameiro. Wikimédia Commons/Roque Gameiro

Em 1821, dom João 6º e sua corte regressaram ao país de origem, deixando o filho Pedro no comando do Brasil; o regente é representado em gravura de Giuseppe Gianni. Acervo Biblioteca Nacional (Brasil)/Giuseppe Gianni

As Cortes portuguesas decidiram em 1821 que o príncipe regente deveria retornar à metrópole; gravura apresenta o Rio de Janeiro do século 19. Acervo Biblioteca Nacional (Brasil)/Thierry Frères e Jean-Baptiste Debret

Em 1822, no rumo da construção de uma administração para o território, foi convocada uma Assembleia Constituinte, no Rio, retratada em gravura. Revista de História da Biblioteca Nacional/Robert Walsh

Em agosto de 1822, uma embarcação de Lisboa ordenou o retorno do regente; a princesa Leopoldina e José Bonifácio reuniram conselho para discutir os próximos passos. Reprodução/Georgina de Albuquerque

Em 7 de setembro, d. Pedro se irritou com as notícias da metrópole e bradou: Independência ou morte!; Pedro Américo (1888) eternizou a cena como ato de heroísmo e celebração, mas pesquisadores apontam exageros na pintura. Museu do Ipiranga/Pedro Américo

Portugal reconheceria a independência do Brasil apenas em 1825; em destaque, o mural 'O Primeiro Passo para a Independência da Bahia', de Antônio Parreiras (1931). Ramon Lebre/Secult-GovBa/Antônio Parreiras

A Bahia foi cenário de diversas batalhas no período, como o assassinato da freira Joana Angélica; imagem de autoria e data desconhecida registra os momentos finais da abadessa. Wikimédia Commons/Autor desconhecido

A Independência consagrou a vitória de uma das muitas propostas de Brasil em disputa à época; litografia de Debret retrata mulher mestiça sentada num trono do Brasil independente. Acervo da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (BBM)/Jean Baptiste Debret e Thierry Frères

Ex-diretora do Museu do Ipiranga, Salles Oliveira é autora de obras como "7 de Setembro de 1822" (2005) e "Astúcia Liberal" (2020).

Neste novo livro, a professora mostra como a independência foi muito além de uma disputa nacionalista entre brasileiros e portugueses. Ela também expõe os interesses econômicos em jogo naqueles primeiros anos do século 19 e discute a visão equivocada desse processo político como uma transição suave.

No lançamento, a autora participa de um bate-papo com Naief Haddad, jornalista da Folha. Em seguida, acontece a sessão de autógrafos.

O evento será transmitido pelo IREE (Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa).

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