Polícia do Exército escolta caminhões para fora de refinaria no Rio
Ao menos 300 pessoas participam do protesto
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Homens da Polícia do Exército escoltam na tarde desta sexta-feira (25), comboio de caminhões tanque para fora da Reduc, refinaria da Petrobras em Duque de Caxias, região metropolitana do Rio.
Motoristas de caminhão fazem desde segunda-feira um bloqueio das entradas da refinaria, a única do estado. Chegou a haver clima de tensão quando os militares chegaram, por volta das 14h40. Os manifestantes liberaram a passagem.
Às 16h53, homens de farda, fuzil e balaclava se preparavam para deixar a refinaria. Apesar do clima de tensão, não houve registro de tumultos.
Os caminhoneiros que bloqueiam a entrada da Reduc rechaçaram a fala do presidente Michel Temer de que apenas grupos radicalizados permaneciam nas manifestações.
O bloqueio na única refinaria do estado do Rio é feito por caminhoneiros que se dizem autônomos e sem relação com sindicatos.
Em acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), os motoristas decidiram não bloquear as vias, embora a entrada e saída da refinaria estejam bloqueadas.
A Folha contou cerca de dez caminhões parados no acostamento da via. Ao menos 300 homens participam do protesto, que é apoiado por motoristas que passam e buziam em apoio.
O protesto é engrossado por motoristas de caminhões tanque, que transportam combustíveis para o estado.
Os caminhoneiros prometem não deixar o protesto nos próximos dias. As 20h, representantes de movimentos pelo país terão uma reunião com o governo em Brasília.
Um dos líderes do movimento, Francisco José Gomes dos Santos, 39, afirmou que o acordo firmado na quinta (24) com o governo não foi debatido pela classe, que pede desoneração de impostos, aumento do preço do frete, redução de pedágios e fim do que chamam de indústria da multa.
"Não estamos sendo representados por nenhum político. Ninguém nos chamou para conversar. E o presidente diz que somos radicais, mas somos apenas trabalhadores lutando pelo povo brasileiro", disse.
Grupos que pedem a intervenção militar integram o protestos. Faixas nesse sentido estão estendidas na carroceria de dois caminhões parados.
Há um misto de euforia com apreensão. Desde o início da tarde, circula um boato que militares das Forças Armadas estariam a caminho para dispersar o protesto.
Por volta das 14h40, uma patrulha da Polícia do Exército que escoltava um caminhão tanque da força cruzou o bloqueio e pode entrar na Reduc para abastecer. Os manifestantes liberaram a passagem e não houve qualquer conflito.
Os caminhoneiros reproduzem o hino nacional em uma caixa de som e gritam "vem pra rua" para os motoristas que passam.
Um momento de tensão ocorreu por volta das 16h, quando um grupo tentou fechar uma daa vias da BR-040. A PRF se aproximou e os próprios integrantes dissuadiram os demais.
Manifestantes negaram que tenham atirado pedras em carros que passavam na rodovia.
Os manifestantes soltam fogos e fazem um churrasco com carne e linguiça doados por simpatizantes.
Uma empresa de transporte de gás prometeu a doação de 50 quentinhas.
Até as 16h30 os militares ainda não tinham aparecido no local da manifestação.
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