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Ceagesp registra movimento baixo no nono dia de paralisação dos caminhoneiros

Comerciantes relatam houve escolta para abastecimento de parte dos produtos nesta terça

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São Paulo

A unidades do Ceagesp continuam abertas nesta terça-feira (29), mas com movimento baixo e portas de muitos boxes fechados.

Além da impossibilidade de chegada de produtos porque os caminhões estão parados, o volume de compradores também despencou, segundo comerciantes.

Ainda há oferta de itens como maçã, pera, abóboras e frutos importados. Os produtos vindos de outros estados continuam parados, mas a produção do interior de São Paulo tem menos dificuldade, como algumas folhas, pimentão, pepino, tomate e chuchu. 

O estoque de abóboras do box São José, de Renato Peres, estão em 10%. "Nem as doações que fazemos para o programa de distribuição de alimentos Mesa Brasil, do Sesc, estão saindo" afirma. 

Comerciantes relatam que uma parte dos produtos que chegou nesta terça contou com escolta policial. O Ceagesp não confirma a informação e diz que não tem registro de como está sendo feito o fornecimento de cada permissionário.

"Está um deserto. Só chega um caminhão ou outro. É pingadinho. Chegou cenoura hoje porque nem estava no bloqueio, já tinha saído das fazendas e estava estocada no barracão mais perto de São Paulo", diz Francisco Borges, que tem um box no local.   

A estimativa é a de que, na segunda-feira (29), o movimento tenha caído para cerca de 10% do volume normalmente comercializado, que é de cerca de 11 mil toneladas por dia. O balanço desta terça ainda não foi fechado. 

A primeira semana de paralisação foi dramática, de acordo com levantamento feito pelo departamento de economia do Ceagesp.

Os dois primeiros dias da paralisação, foram de antecipação das entregas, sem registro de prejuízos aos produtores, e atacadistas, segundo estudo do Ceagesp. Ainda era pequeno o impacto dos que já estavam parados nos bloqueios.

A partir de quarta-feira (23), a quantidade ofertada caiu, principalmente dos produtos vindos de outros estados.

Na quinta, foi quando o quadro se agravou, com a entrada de apenas 10% do volume habitual.

O Ceagesp calcula que nesta época do ano sejam comercializadas de 60.000 a 65.000 toneladas. Na primeira semana de protesto de caminhoneiros, porém, foram apenas 33.839 toneladas. Na comparação com a semana anterior, a queda supera 45%. O fluxo financeiro também caiu em torno de 45%, passando de R$ 158 milhões para pouco mais de R$ 86 milhões.

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