Petróleo tem máxima em 4 anos após Opep rejeitar aumento na produção
Decisão de países produtores e Rússia contraria pedido do presidente americano Donald Trump
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Os preços da referência global do petróleo, do tipo Brent, saltaram mais de 3% nesta segunda-feira (24), para uma máxima em quatro anos acima dos US$ 80 (R$ 327) por barril, depois que a Arábia Saudita e a Rússia barraram qualquer aumento imediato na produção.
A decisão contraria pedidos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que agissem para aumentar a oferta global.
A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e aliados, incluindo a Rússia, maior produtor do mundo, encontraram-se na Argélia no domingo para uma reunião que terminou sem uma recomendação formal de qualquer aumento adicional da oferta para compensar o declínio do fornecimento do Irã.
"O mercado ainda está sendo guiado pelos receios sobre a oferta iraniana e venezuelana", disse Gene McGillian, diretor de pesquisa de mercado na Tradition Energy.
"O fracasso dos produtores de abordar isso adequadamente neste fim de semana está criando oportunidade de compra."
Os futuros do petróleo Brent fecharam em alta de US$ 2,40, ou 3,1%, a US$ 81,20 por barril, depois de uma máxima intradiária de US$ 81,39, a máxima desde novembro de 2014.
O petróleo dos EUA (WTI) teve alta de US$ 1,30 ou 1,8$% a US$ 72,08 o barril.
A Arábia Saudita, líder de produção da Opep, e seu maior aliado não pertencente ao grupo, a Rússia, recusaram efetivamente a demanda de Trump por mudanças que esfriem o mercado.
"Eu não influencio os preços", disse o ministro da Energia saudita, Khalid al-Falih, a repórteres no domingo.
Trump disse na semana passada que a Opep "precisa baixar os preços agora!", mas o ministro do Petróleo iraniano, Bijan Zanganeh, disse nesta segunda-feira que a Opep não respondeu positivamente às demandas de Trump.
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