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Kroton conclui compra do controle da Somos Educação

Transação envolveu R$ 4,6 bilhões e será seguida por oferta para fechamento do capital

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São Paulo

A Kroton concluiu nesta quinta-feira (11) a compra de controle da empresa de ensino básico Somos Educação, numa transação de cerca de R$ 4,6 bilhões que será seguida por uma oferta para o fechamento do capital da empresa adquirida nos próximos 30 dias.

A transação foi realizada pela holding de educação básica da Kroton, a Sabe, criada para a transação. A nova empresa comprou a participação de 73,35% na Somos ao preço de R$ 23,75 por ação, os papeis pertenciam a empresa de investimentos Tarpon.

O negócio foi anunciado pela Kroton em abril.

"A Saber continua estudando eventuais reorganizações societárias envolvendo os ativos adquiridos na Somos, visando à otimização de sua estrutura societária e operacional", afirmou a Kroton em comunicado.

Com a Somos, que além de escolas é dona do sistema Anglo e das editoras Ática, Scipione e Saraiva, a Kroton também se torna líder no mercado de livros didáticos e sistemas de ensino, para a venda de apostilas e apoio pedagógico.

Estudante durante aula no cursinho pré-vestibular Anglo, uma das redes de ensino que pertence ao grupo Somos, vendido nessa quinta-feira (11) para a Kroton - Bruno Santos/Folhapress

O negócio marca o avanço das grandes companhias do setor de ensino sobre a educação básica, que abrange do infantil até o ensino médio.

Com cerca de 40 mil escolas privadas no país, o ensino básico é pulverizado em pequenas instituições, o que gera terreno fértil para aquisições. 

Nesse universo, é difícil precisar o faturamento total da educação básica no país.

A consultoria especializada Hoper calcula algo em torno de R$ 60 bilhões ao ano só em mensalidades —valor acima do total movimentado pelo ensino superior, de R$ 54,5 bilhões em 2017.

O ensino básico é visto como um mercado mais resiliente a crises porque os pais dificilmente trocam a escola particular por outra mais barata.

Já a graduação, muitas vezes paga pelo próprio estudante, é um gasto que costuma ser postergado quando é necessário economizar.

A corrida das empresas rumo ao básico ocorre no momento em que o Fies, programa de financiamento estudantil do governo, deixou de ser o motor que atraiu alunos para faculdades privadas com crédito barato a partir de 2010.

Desde 2015, quando o corte no Orçamento forçou o governo a enxugar o Fies, elevando os juros cobrados dos alunos e reduzindo a carência, as matrículas de graduação no programa despencaram.

A Kroton disse à Folha que não se trata de uma reação ao mercado. Segundo a empresa, “há mais de dois anos já discutia impulsionar os investimentos em educação básica” e que tem experiência na modalidade com a marca Pitágoras, desde 1966.

Com Reuters

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