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Descrição de chapéu Previdência Governo Bolsonaro

Deputado do Podemos apresentará emenda para retirar BPC, rurais e professores da reforma da Previdência

Objetivo é esvaziar poder de obstrução da oposição e facilitar andamento do texto na Câmara

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Brasília

O Podemos vai apresentar emendas para excluir itens como o BPC (Benefício de Prestação Continuada), trabalhadores rurais, professores, militares e o abono salarial do texto da reforma da Previdência que será analisado na comissão especial instalada da Câmara dos Deputados.

A informação foi confirmada pelo líder do partido, José Nelto (Goiás), nesta segunda-feira (29). A ideia é também retirar estados e municípios da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para esvaziar o poder de obstrução da oposição.

Na comissão, o Podemos tem um deputado. O partido com mais representantes é o PSL, com cinco. O PT aparece em segundo, com quatro. Ao todo, 49 parlamentares titulares fazem parte do grupo. Para ser aprovado, o texto precisa de pelo menos 25 votos a favor.

"Esse é o trabalho nosso. Nós assinamos um documento, no colégio de líderes, retirando o BPC, os rurais e mantendo as futuras reformas da Previdência na Constituição", afirmou Nelto.

Líder do Podemos, deputado José Nelto (GO) disse que partido vai apresentar emendas para excluir BPC, trabalhadores rurais, professores, militares e abono do texto da reforma. - Câmara dos Deputados

O BPC é um benefício que pode ser solicitado por idosos carentes aos 65 anos e tem o valor de um salário mínimo. A equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) queria criar duas faixas de benefícios para idosos carentes: uma aos 60 anos no valor de R$ 400 e outra, aos 70, de um salário mínimo.

Já a ideia de devolver a estados e municípios a aposentadoria de professores não é consenso, reconhece Nelto. "Há um pensamento de quase 70% dos líderes para retirar da reforma da Previdência professores e militares, entregando essa responsabilidade aos estados", afirmou.

Com a retirada das medidas, a economia projetada pelo deputado é de R$ 650 bilhões, abaixo dos R$ 800 bilhões considerados como piso pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) e praticamente metade do desejado por Guedes, em torno de R$ 1,236 trilhão.

"Não é aquilo que eles querem, é aquilo que é possível. Nós estamos imaginando uma economia de R$ 650 bilhões, é dinheiro demais", afirmou.

Nelto disse ainda que é preciso esperar para ver se a relação de Bolsonaro com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), melhorou efetivamente.

"Vamos esperar passar uma semana, porque pode acontecer mais um tuíte e ruir mais uma vez a relação entre o Legislativo e o Executivo."

Bolsonaro e Maia se reuniram neste domingo (28) no Palácio da Alvorada para debater a previdência e "um montão de outras coisas", segundo o presidente.

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