Guedes defende estados e municípios na reforma da Previdência
Para ministro, regras devem ser as mesmas seguidas por servidores da União
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Para o ministro Paulo Guedes (Economia), estados e municípios deveriam ser mantidos na reforma da Previdência e compartilhar o mesmo regime de aposentadoria da União. Ele admitiu, porém, que prefeitos e governadores possam optar por ficar de fora das mudanças por causa do “custo político”.
Guedes deu as declarações nesta terça-feira (4) na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, para a qual foi convocado para explicar o impacto financeiro e econômico da reforma.
O ministro defendeu que estados e municípios permanecessem na reforma por causa do “sentido de solidariedade com a federação.” “Republicanamente, deveria estar todo mundo junto, em vez de dois ou três regimes diferentes, deveríamos ser iguais.”
No sábado (1º), o relator da reforma, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), disse que avaliava retirar estados e municípios da Previdência. Nesta segunda (3), porém, voltou a defender mantê-los no documento final. Moreira diz que deve apresentar o relatório final até segunda-feira (10).
Guedes admitiu que as circunstâncias políticas podem fazer com que se opte por retirar estados e municípios da reforma. “Tem gente que precisa da reforma de estados e municípios, vai se beneficiar, mas fica criticando a reforma e quer que os outros façam, para ter o custo político. A reação política é deixar eles fora da reforma, mas é um problema político, não tem nada a ver conosco.”
A defesa ocorreu após o ministro comentar sobre por que o governo decidiu começar pela reforma da Previdência, e não pela tributária. Segundo ele, a prioridade foi conter o rombo gerado pelo desequilíbrio do regime previdenciário.
“Se tivesse começado pela tributária, tinha risco de estourar antes de chegar a um acordo.”
Guedes assegurou ainda que o salário mínimo continuará sendo corrigido pela inflação, mas não garantiu aumento acima disso nos próximos anos. “Se houver ambiente de crescimento, temos que compartilhar. Mas um aumento de salário num ambiente de desemprego em massa só aumenta o desemprego.”
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters