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Impedir pesquisa é um absurdo, afirma Aprosoja sobre decisão do Ministério Público

Associação foi impedida de produzir sementes de soja em áreas experimentais em fevereiro

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São Paulo

Impedir a realização de pesquisa, como recomenda o Ministério Público do Estado do Mato Grosso, é o maior absurdo que pode existir, sobretudo a pesquisa agronômica dentro do maior estado produtor de soja do país.

Assim se manifestou a Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso), em uma nota de esclarecimento, a respeito da Notificação Recomendatória da Promotoria desta quinta-feira (30). 

Já o Indea (Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso), também em nota, informou que ficam suspensas as análises de autorização e, consequentemente, o plantio de soja na primeira quinzena de fevereiro, até posteriores deliberações.

A Aprosoja queria estender o plantio de soja para sementes até a primeira quinzena de fevereiro, um pleito antigo dos produtores, mas o calendário de Mato Grosso não permite o plantio após 31 de dezembro para evitar a ferrugem asiática.

Plantação de soja; associação queria estender o plantio para sementes até a primeira quinzena de fevereiro - Bruno Caimi/Flickr

A associação defende que o plantio em fevereiro não aumenta o risco de propagação da praga. O MP, porém, recomendou a suspensão do plantio de soja experimental no período. Segundo a Aprosoja, o plantio em fevereiro não afeta o vazio sanitário.

Ele está́ sendo recomendado pela associação porque substitui os que vêm ocorrendo em larga escala nos últimos dias de dezembro. A entidade destaca que é a maior defensora do vazio sanitário da soja, que vai de 15 de junho a 15 de setembro.

Neste período, não pode haver planta viva nas lavouras de Mato Grosso. A associação defende, porém, a sustentabilidade e direitos dos produtores de produzirem sua própria semente, dentro da legalidade e segurança fitossanitária.

O objetivo é ter um material de melhor qualidade do que as sementes atualmente fornecidas no mercado, afirma a nota. Para a Aprosoja, as lavouras tardias, a última alternativa que os produtores têm para fazer sua semente, necessitam de até́ dez aplicações de fungicidas, contra menos de quatro nos plantios de fevereiro. 

Antônio Galvan, presidente da entidade, diz que o não plantio em fevereiro favorece ainda mais a reserva de mercado de detentores de sementeiras e de indústria química, devido ao maior uso de agroquímicos em dezembro do que em fevereiro. 

Ele diz, ainda, que a Aprosoja abre as portas para pesquisadores e entidades participarem das pesquisas e acompanharem os pareceres técnicos. 

A notificação do MP desta quinta-feira, que trazia recomendações sobre o plantio em fevereiro, era dirigida para o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, para o presidente do Indea e para o presidente da Aprosoja.

A Aprosoja deverá recorrer da decisão do Ministério Público na próxima segunda-feira (3).

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