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BC passa a comprar títulos soberanos para estabilizar cotação do dólar

Operação foi feita pela última vez em 2008, durante a crise financeira global

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Brasília

Em meio à crise financeira gerada pelo avanço do Covid-19 pelo mundo, o Banco Central (BC) anunciou nova medida para aumentar a oferta de dólar no mercado, contendo a volatilidade excessiva da moeda norte-americana.

A partir desta quarta-feira (18), o BC passará a fazer operações de compra com compromisso de revenda de títulos soberanos em dólar das instituições financeiras. No total, são US$ 31 bilhões de títulos no mercado brasileiro.

A última vez que o BC fez esse tipo de operação foi em 2008, durante a crise financeira global.

Na prática, as instituições que possuem esses títulos poderão vendê-los ao BC por um prazo determinado e depois terão de recomprar os papéis.

A medida tem efeito parecido ao do leilão de linha, quando o Banco Central vende dólares das reservas internacionais no mercado à vista com compromisso de recompra em data futura, ampliando a oferta da dólares no país. A diferença é que a contraparte transfere títulos soberanos emitidos no exterior ao BC, em vez de reais, como é feito na linha.

A medida visa aumentar o conjunto de instrumentos à disposição do BC para atuação no mercado de câmbio e se alinha com medidas recentes tomadas por outros Bancos Centrais no mundo todo.

Os títulos serão comprados pelo BC com desconto de 10% em relação aos preços de mercado e haverá transferência de margem durante a vigência da operação sempre que a exposição for igual ou superior a US$ 500 mil.

De acordo com o comunicado do BC, as margens devem ser pagas em títulos soberanos. "As condições de cada operação serão definidas pelo Departamento de Operações das Reservas Internacionais do Banco Central", diz nota. A operação não afeta o nível das reservas internacionais, já que o montante será devolvido ao Banco Central em data firmada em contrato.

Nesta quarta, a cotação do dólar atingiu R$ 5,20 pela primeira vez na história. Por volta das 11h27, a moeda sobe 1,5%, a R$ 5,076.

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