Itaú corta projeção do Ibovespa para 94 mil pontos em 2020
Banco projetava que Bolsa brasileira chegaria, ao fim do ano, nos 132 mil pontos
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O Itaú cortou, nesta terça-feira (24), a projeção para o Ibovespa, maior índice acionário do país. O banco agora prevê o índice a 94 mil pontos ao fim de 2020, ante 132 mil pontos previstos no início do ano. Nesta terça, o Ibovespa encerrou o pregão cotado a 69 mil pontos.
A redução reflete um lucro menor das companhias listadas na Bolsa devido aos efeitos econômicos do coronavírus. Segundo o banco, o PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre deve ser 10% menor que o mesmo período de 2019, movimento que deve se repetir no terceiro trimestre. Para todo o 2020, a projeção é de queda de 0,7% do PIB.
Segundo o relatório, a recuperação será rápida. O banco espera crescimento de 5,5% em 2021, ante 3% anteriormente.
O relatório também aponta que o investidor pessoa física foi o grande comprador na forte queda de cerca de 40% do Ibovespa, enquanto estrangeiros foram os que mais venderam.
Em 2020, estrangeiros saíram em velocidade e em quantia recorde da Bolsa brasileira, com retirada de R$ 60,5 bilhões até o dia 20 de março, sem contar IPOs e follow-ons (oferta inicial e subsequente de ações, respectivamente).
Contudo, como o Ibovespa em dólares está mais barato do que na crise de 208 e próximo à mínima de 2016, o banco vê a volta do estrangeiro no curto prazo.
“Em um cenário altamente incerto e volátil, é improvável que os investidores globais façam apostas fortes em países de mercados emergentes (fuga para a qualidade e fuga para a liquidez parece ser a prioridade), mas acreditamos que isso pode mudar rapidamente se e quando as perspectivas para o crescimento do PIB global se tornarem mais claras”, diz o Itaú.
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