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Sauditas e russos costuram acordo para cortar produção de petróleo e buscam participação dos EUA

Redução na produção seria para limitar os impactos da crise do coronavírus

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Rania El Gamal Vladimir Soldatkin
Dubai e Moscou | Reuters

Grandes nações petroleiras estavam finalizando um acordo nas conversas do G20 nesta sexta-feira (10) para realizar grandes cortes na produção de forma a elevar os preços abatidos pela crise do coronavírus, sendo que Rússia e Arábia Saudita ficariam com a maior fatia e os Estados Unidos sinalizaram que podem adotar ações inéditas para ajudar.

Riad, Moscou e seus aliados, que compõe o grupo informal Opep+, haviam forjado um pacto para reduzir a produção de petróleo cru em o equivalente a 10% dos suprimentos globais em conversas na quinta-feira (9), e disseram querer que outros cortem um adicional de 5%.

Mas os esforços para concluir o acordo da Opep+ emperraram quando o México se recusou a concordar com todos os termos.

Rússia e Arábia Saudita costuram acordo para corte na produção de petróleo em busca de amenizar impactos da crise do coronavírus - Angus Mordant/Reuters

O presidente mexicano, entretanto, disse que ouviu de Donald Trump que este pode fazer cortes em nome do México, embora o líder norte-americano não tenha sinalizado publicamente que Washington também faria cortes, ao invés disso ameaçando a Arábia Saudita com tarifas e outras medidas se o reino não resolver a crise do mercado de petróleo.

Grandes mercados de petróleo ficaram fechados nesta sexta-feira, quando os ministros de Energia do G20 fizeram uma videoconferência presidida pela Arábia Saudita, mas os preços não subiram após os cortes de quinta-feira – os maiores da história –, já que um corte de 15% dos suprimentos globais ainda deixa um excedente de petróleo enorme diante de uma queda de 30% da demanda.

As medidas para conter a disseminação do coronavírus esvaziaram a procura de combustível para aviões e carros, afetando os orçamentos de nações produtoras de petróleo e atingindo a indústria norte-americana de 'shale', que é mais vulnerável a preços baixos da commodity devido aos seus custos mais altos.

"Pedimos a todas as nações que usem todos os meios à sua disposição para ajudar a reduzir o excedente", disse o secretário de Energia dos EUA, Dan Brouillette, durante as conversas do G20, acrescentando que é "extremamente decepcionante" que Riad e Moscou não tenham concluído um acordo.

O pacto Opep+, se o México o assinar, causaria a remoção de 10 milhões de barris por dia, e outros 5 milhões sairiam de circulação se os EUA e outros assinarem.

O chefe da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol, disse que países importadores poderiam dar alguma ajuda ao mercado fazendo compras adicionais de petróleo cru para reservas estratégicas.

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