Guedes afirma que país está longe de depressão para que BC emita mais moeda
Ministro já tinha dito algo semelhante durante reunião de comissão em abril
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou aos parlamentares na manhã desta terça-feira (30) acreditar que o país não precisa emitir mais moeda para enfrentar a crise do novo coronavírus. Para ele, isso só seria necessário caso o país estivesse em depressão econômica.
Em audiência pública com a comissão mista de acompanhamento das ações de combate à Covid-19, Guedes afirmou que a possibilidade de que o BC (Banco Central) emitir moeda e dívida para superar a crise ainda é distante.
Na avaliação do ministro, a medida só seria necessária caso o país estivesse se aproximando de uma depressão econômica.
“Se estivéssemos dessa situação, o juro praticamente desce pra zero e aí não há mais diferença entre títulos que pagam juros e moeda que não paga juro nenhum. Seria uma situação de depressão, a demanda por moeda vai ficar infinitamente elástica.”
Guedes já tinha dito algo semelhante durante a reunião da comissão em abril, ao responder as perguntas de parlamentares.
Ele voltou a citar que em uma situação em que a inflação estiver praticamente em zero e os juros desabarem, o país cairia em uma "armadilha da liquidez".
Isso significa que a queda da taxa de juros em tentativa de injetar dinheiro na economia não surtiria mais efeito.
Em vez de emprestar dinheiro a taxas prefixadas ou comprar títulos públicos, os bancos manteriam o dinheiro na tesouraria. A medida tentaria evitar perdas quando os juros subirem.
Entretanto, Guedes afirmou à comissão acreditar que o país não está nesta situação ainda.
“Mas estamos muito longe dessa situação, não acredito que estamos indo para uma depressão".
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters