Descrição de chapéu Coronavírus

Governo vai estender auxílio emergencial de R$ 600 e Guedes fala em 2 pagamentos em um mês

Bolsonaro havia anunciado anteriormente que parcelas seriam de R$ 500, R$ 400 e R$ 300; Guedes diz que, se pandemia não recuar, governo terá que 'segurar o fôlego'

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Brasília

O presidente Jair Bolsonaro anuncia nesta terça-feira (30) a prorrogação do auxílio emergencial e, segundo membros do governo, o Executivo caminha para conceder mais dois meses de prorrogação pagando o equivalente a R$ 600 mensais.

Fontes afirmam que a decisão vai em direção a esse desfecho devido à maior facilidade de a proposta ser executada, já que o governo não precisaria enviar um novo texto ao Congresso.

A lei que instituiu o auxílio concedeu ao Executivo a possibilidade de renovar o benefício se o valor concedido mensalmente for mantido. A proposta inicial era o auxílio ser de R$ 600 por mês e ser concedido durante três meses.

A decisão de manter o valor por mais dois meses é diferente daquela anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro ao lado do ministro Paulo Guedes (Economia) na última quinta-feira (25). Eles informaram em live que deveria haver uma prorrogação do auxílio por mais três meses em parcelas de R$ 500, R$ 400 e R$ 300.

Paulo Guedes (Economia) no Palácio do Alvorada - Ueslei Marcelino - 27.abr.2020/Reuters

Guedes citou nesta terça a possibilidade de dois pagamentos em um mesmo mês, mas não deu detalhes. “Você tem que pagar R$ 600 em um mês e R$ 600 no outro. Vamos realmente fazer três meses de cobertura com dois pagamentos em um mês", afirmou ao participar por videoconferência de audiência promovida por comissão no Congresso.

“Queremos que haja uma cobertura por três meses. Ou você dá um valor muito alto por menos tempo ou você dá um valor mais baixo e estica um pouco”, disse.

Mais cedo, ele chegou a falar que a prorrogação seria por três meses. “Demos os três meses iniciais e estendemos agora porque ela [pandemia] não começou a descer. Estendemos por mais três meses, mas acreditamos que realmente ela vá descer nesses próximos três meses”, disse.

Ele sinalizou ainda que o grau de contaminação do coronavírus pode levar a uma extensão ainda maior da medida. “Se não descer [a pandemia], lá vamos nós pensar de novo em quanto tempo mais teremos que segurar o fôlego”, disse.

Guedes evitou detalhar os valores da prorrogação dizendo que o anúncio caberá ao presidente. "Não quero me alongar muito sobre isso exatamente porque o presidente vai falar sobre isso daqui a pouco. Mas como a pandemia continua nos assombrando, nós vamos estender essa cobertura", afirmou.

Essa é a medida anticrise que mais demanda recursos do Tesouro Nacional. Inicialmente, o governo estimou que o programa alcançaria 54 milhões de pessoas ao preço de R$ 98 bilhões aos cofres públicos.

Depois, o impacto subiu para mais de R$ 120 bilhões para os três meses originalmente estimados diante da forte demanda.

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