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Fundador da maior agência de comunicação do Brasil abdica do controle

Participação de Francisco Soares Brandão na FSB passará de 52% para 30%

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São Paulo

O fundador da agência FSB, Francisco Soares Brandão, anunciou nesta sexta-feira (4) que reduzirá sua participação na empresa de 52% para 30% nos próximos cinco anos. A empresa é a maior do país no ramo de comunicação corporativa e relações públicas.

Em comunicado, o grupo afirmou que Brandão irá repassar os 22% do capital a sócios e executivos em um prazo de cinco anos, mediante o cumprimento de metas de crescimento anuais e metas particulares.

A agência incorporou dois novos sócios, Marcelo Diego e Gabriela Wolthers. Eles integram a liderança junto a Marcos Trindade, presidente do grupo, Alexandre Loures, Diego Ruiz, Flávio Castro, Magno Trindade e Renato Salles.

Francisco Soares Brandão, sócio fundador da FSB, um dos maiores grupos de comunicação corporativa do país - André Maceira/Portal Imprensa

Dos 22%, uma fatia será destinada aos dois novos sócios, outra aos que já ocupavam o cargo e uma terceira ficará como fundo de reserva a novas negociações ou possíveis sócios.

Brandão criou a empresa, que completa 40 anos em 2020, nos anos 1980, e sua estratégia de sucessão ao negócio é desenhada há cerca de dois anos. Ele faz 72 anos em fevereiro.

O sócio-fundador permanece como presidente do conselho da empresa, diz que não reduzirá seu trabalho e que está "bem cercado". Afirma ter Trindade, o presidente, como um filho.

"Tive várias oportunidades de vender e colocar dinheiro no bolso, mas gostaria de passar para as pessoas que ajudaram a construir a empresa", afirmou à Folha de seu sítio em Petrópolis, no Rio. "Espero que esse processo tenha continuidade, meu sonho é fazer uma empresa que permaneça."

Criada no Rio e com braços em São Paulo e Brasília, o portfólio da FSB mescla clientes dos setores público e privado. Entre os públicos estão governo e prefeitura do Rio de Janeiro, Ministério da Infraestrutura, do Turismo e, até poucos meses, da Saúde.

Ficou com a agência o trabalho de comunicação da pasta durante a crise de coronavírus, que teve três ministros. Entre as empresas privadas, o grupo presta serviço a companhias como BTG, JBS, McKinsey e B3.

Há cerca de cinco anos, os contratos públicos representavam 60% do faturamento. O cenário mudou com a compra da agência Loures, em 2018, que expandiu muito as contas no mercado empresarial paulista.O faturamento de contas públicas caiu 12%, enquanto o de privadas cresceu 17%, de acordo com sócios. O faturamento anual é de R$ 250 milhões.

No momento, a empresa passa por um processo de transformação liderado por Silvio Meira, que comandou a estratégia digital na Magazine Luiza. Isso é visto como um marco pela empresa. Há cerca de 50 pessoas envolvidas no projeto. ​

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