Siga a folha

Descrição de chapéu internet

45% dos brasileiros têm dificuldade para usar serviço público digital

Pesquisa do BID avalia experiência de cidadãos com serviços de governos estaduais na pandemia

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Quase a metade da população brasileira (45%) teve dificuldade para usar serviços públicos digitais fornecidos pelos estados durante a pandemia, mostra pesquisa do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) divulgada nesta quinta-feira (18).

O estudo mensurou a satisfação dos cidadãos em relação à experiência com serviços como cadastros de empresas, registros de boletins de ocorrência policial, alteração de endereço de veículos no Detran e consulta de registro escolar feitos pela internet.

Usuária do metrô caminha nos corredores da Estação da Luz enquanto olha no celular; pandemia forçou migração do serviço público para internet - Foto: Mathilde Missioneiro/Folhapress

O estado que apresentou maior desafio a usuários foi Minas Gerais, com 60% dos entrevistados relatando dificuldades de acesso. A melhor prestação ocorreu no Distrito Federal, com índice de reclamação de 24%.

O maior grau de satisfação foi verificado na região Norte, com avaliação positiva de 62% dos cidadãos. O Sudeste ficou na última posição, com 50%. De modo geral, os serviços digitais estaduais mais bem pontuados foram os de Rondônia e do Acre (69%). A pior colocação ficou com o Rio de Janeiro (45%).

Mesmo com a dificuldade para usá-los, 53% dos entrevistados demonstraram satisfação com os serviços estaduais.

Em relação à experiência com o serviço público federal pela internet, que inclui FGTS, seguro-desemprego e auxílio emergencial, 55% a considerou positiva (31% ficaram neutros e 14%, insatisfeitos).

Quarenta por cento das pessoas disseram confiar nas práticas de proteção de dados pessoais dos governos estaduais (27,3% não confiam, 23,8% ficaram neutros e 8,8% não souberam responder).

A instituição ouviu 13.250 pessoas, de outubro a dezembro, para avaliar como os serviços públicos digitais atendem à população, em especial durante a pandemia de Covid-19, que forçou a migração da relação com o poder público para a internet. A margem de erro é de 1 ponto percentual para mais ou para menos.

"Se, por um lado, a digitalização pode ter contribuído para a continuidade dos serviços públicos, por outro, a informação disponível aponta que sobretudo os governos estaduais e municipais não estavam preparados para uma transformação tão brusca na maneira de se relacionar com os cidadãos", diz o estudo.

Na média do país, 85,5% da população considerou que a adaptação ao digital durante a pandemia foi feita com pouca dificuldade. Ainda assim, a percepção positiva dos serviços públicos estaduais difere da avaliação com a experiência de serviços digitais privados (85% de satisfação).

De acordo com a pesquisa, 86,7% da população tem acesso ao Wi-Fi em casa, sendo São Paulo o estado mais conectado (93%); 94,7% diz utilizar o celular para acessar a internet. A população que mais usa internet por celular é a amazonense (98%).

A TIC Domicílios, uma das pesquisas mais completas sobre acesso à internet residencial, indica que, em 2019, 71% das casas tinham algum tipo de acesso à internet.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas