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Apple lança sistema que fiscaliza imagens antes de serem enviadas ao iCloud

Objetivo é detectar fotos de abuso infantil; especialistas temem invasão de privacidade

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San Francisco | Reuters

A Apple disse nesta quinta-feira (5) que adotará um sistema para verificar fotos em iPhones nos Estados Unidos e identificar se elas coincidem com imagens conhecidas de abuso infantil antes de serem enviadas ao serviço de armazenagem iCloud.

Se imagens de abuso infantil forem detectadas no envio ao serviço, a Apple iniciará uma revisão humana e denunciar o usuário a autoridades. A Apple afirmou que o sistema é projetado para reduzir falsos positivos para 1 caso a cada trilhão.

Logo da Apple em loja da empresa em Nova York - Reuters

Outras companhias como o Facebook usam tecnologia semelhante para detectar e denunciar casos de abuso infantil.

O sistema da Apple usa banco de dados mantido por autoridades de imagens de abuso infantil conhecidas e as traduz para "hashes", códigos numéricos que correspondem à cada imagem, mas que não pode ser usado para reconstruí-la.

A companhia fez sua própria implementação do sistema, projetada para detectar imagens editadas, mas similares às imagens originais no banco de dados.

Quando o usuário envia uma imagem ao iCloud, o iPhone cria uma hash da imagem e a compara com o banco de dados. As imagens armazenadas no aparelho não são analisadas, disse a Apple.

Um aspecto importante do sistema é que a Apple checa a imagem antes dela ser transmitida ao iCloud, em vez de fazer isso depois que ela é armazenada nos servidores.

No Twitter, defensores da privacidade e especialistas em segurança afirmaram que o sistema poderá ser eventualmente expandido para bisbilhotar aparelhos em busca de conteúdo genérico considerado como ilegal ou que tenha conteúdo político.

"Independentemente de eles [Apple] estarem certos ou errados, este sistema abre a porteira para que governos exijam a instalação dele para todos", disse Matthew Green, pesquisador de segurança da Universidade Johns Hopkins.

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