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Gasto de brasileiro no exterior quase dobra em julho, mas permanece abaixo de período pré-pandemia

Turistas estrangeiros, no entanto, ainda não escolhem país como destino e desembolsos caem no mês

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Brasília

Os gastos de brasileiros no exterior alcançaram US$ 452 milhões em julho, quase o dobro do registrado no mesmo período do ano passado. Em relação ao mês anterior, a alta foi de US$ 3,3 milhões, segundo dados divulgados pelo BC (Banco Central) nesta quarta-feira (25).

Em junho, os desembolsos de turistas brasileiros lá fora já haviam crescido, com US$ 448,7 milhões, também quase o dobro do registrado no mesmo mês de 2020.

O nível dos últimos dois meses, no entanto, ainda está abaixo do registrado antes da pandemia de Covid-19, que costumava extrapolar US$ 1 bilhão mês a mês. Em junho e julho de 2019, por exemplo, os brasileiros gastaram US$ 1,5 bilhão e US$ 1,9 bilhão, respectivamente.

A crise afetou significativamente o segmento. Além do medo de contágio, o dólar alto desencorajou turistas. Alguns países também impuseram restrições para viajantes, como comprovante de vacina, quarentena ou exame negativo para Covid-19.

Embora ainda em ritmo lento, o setor de turismo internacional mostra sinais de recuperação. Com o avanço da imunização no país nos últimos meses, brasileiros têm viajado mais para fora.

Os gastos de turistas estrangeiros no país, no entanto, continuam em baixa. Em julho, foram US$ 222,8 milhões, US$ 5 milhões a menos que no mês anterior. No mesmo período do ano passado, os desembolsos somaram US$ 417,1 milhões.

"A pandemia ainda afeta as viagens internacionais, mas já começa a ter alguma recuperação puxada pelas despesas [gastos dos brasileiros no exterior] que subiram 69% em comparação a julho do ano passado", ressaltou o chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha.

No ano, até julho, os brasileiros gastaram US$ 2,4 bilhões em viagens internacionais. Na comparação com o mesmo período de 2020, quando foram US$ 3,84 bilhões, houve queda de 37,6%. Os primeiros meses do ano passado, anteriores à pandemia, tiveram resultados maiores e puxaram o número.

"Entre janeiro a julho deste ano, ainda temos um forte impacto da pandemia, porque a recuperação começou nos últimos meses. Além disso, o mesmo período de 2020 ainda engloba janeiro e fevereiro, antes da crise, o que aumenta a base de comparação", pontuou Rocha.

Dentro das contas externas, viagens internacionais apresentaram resultado negativo de US$ 229 milhões em julho. Isso significa que mais recursos saíram do que entraram no país na modalidade. No semestre, houve saída líquida de 893 milhões.

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