Siga a folha

Veja o desempenho do PIB de vários países no 2º trimestre de 2021

Vacinação e menores restrições beneficiaram economias no período

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Rio de Janeiro e São Paulo

A vacinação contra a Covid-19 e o menor nível de restrições a atividades estimularam o desempenho econômico de países diversos no segundo trimestre.

Em parte dos locais com registro de flexibilizações, o PIB (Produto Interno Bruto) chegou a subir mais de 4% na comparação com os três meses iniciais de 2021, indicam dados coletados pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

É o caso de Portugal e Reino Unido. No período, o PIB português avançou 4,9%, a maior alta de uma lista com 29 nações. A alta veio após baixa de 3,2% no trimestre anterior.

O Reino Unido apareceu logo na sequência, com avanço de 4,8% entre abril e junho. Por lá, a economia havia recuado 1,6% nos três meses iniciais de 2021.

Na lista da OCDE, o país com desempenho mais fraco foi o Japão, que subiu 0,3%. O Brasil ficou abaixo disso. O PIB nacional teve variação negativa de 0,1% no segundo trimestre, mostram dados divulgados nesta quarta-feira (1º) pelo IBGE.

Leia mais sobre o resultado do PIB

Economia fica praticamente estável; setor de serviços avança e consumo das famílias fica estagnado

Conforme os dados compilados pela OCDE, o México foi o PIB da América Latina com a principal elevação no segundo trimestre, de 1,5%. O outro país da região que aparece na lista é o Chile, com avanço de 1% frente aos três meses iniciais de 2021.

Os Estados Unidos, maior economia do planeta, tiveram alta de 1,6%, indica a OCDE. Além de avançar na vacinação contra a Covid-19, o país contou ainda com um pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão, assinado em março pelo presidente Joe Biden. A China, segunda potência mundial, teve crescimento um pouco inferior, de 1,3%.

Pedestres em área próxima a shopping de Berlim, na Alemanha - Foto: Stefan Zeitz/Xinhua - 30.jul.21

A pesquisadora Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), lembra que o fôlego fiscal do Brasil para novas medidas de estímulo ficou menor neste ano. O aperto acabou jogando contra a economia local no segundo trimestre, na comparação com países desenvolvidos, como os Estados Unidos, que apostaram em um pacote robusto de incentivos.

"O Brasil tem cobertor mais curto", diz Silvia.

Além disso, a demora do Brasil para iniciar a vacinação contra a Covid-19 e as incertezas sobre o andamento da imunização também geraram impactos na retomada da atividade, acrescenta a pesquisadora.

Nas últimas semanas, o coronavírus voltou a espalhar sinais de preocupação pela economia mundial. O temor veio associado à disseminação da variante delta.

Em relatório de agosto, a gestora de investimentos Rio Bravo chamou atenção para o assunto. Na visão da gestora, os efeitos da delta “prometem ser mais profundos” do que o esperado anteriormente.

“A vacinação, que avançou rapidamente em todo o mundo no primeiro semestre, perdeu força nos países desenvolvidos. O percentual de vacinados nos EUA e na Europa está nos 50% desde meados de julho. Por mais surpreendente que pareça, há uma grande aversão em relação às vacinas que parece afetar cerca de metade da população nesses países. Isso faz com que eles sejam mais suscetíveis a sofrer os impactos de novas mutações, como está acontecendo com a variante Delta”, aponta a Rio Bravo.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas