Descrição de chapéu Financial Times Governo Biden

Senado dos EUA aprova pacote de US$ 1,9 tri de Biden

Luz verde abre caminho para o plano do presidente de reforço à economia

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James Politi
Washington | Financial Times

O Senado dos Estados Unidos aprovou o pacote de estímulo de US$ 1,9 trilhão de Joe Biden, deixando o plano do presidente para ajudar na recuperação econômica americana mais próximo da aprovação final no Congresso.

A Câmara alta do Congresso aprovou as leis de estímulo fiscal por 50 votos a 49, numa votação em bloco em que todos os democratas votaram a favor e todos os republicanos presentes, contra.

A luz verde do Senado torna mais palpável o objetivo de Biden de reforçar a economia americana com uma grande dose de apoio federal em seus primeiros meses na Presidência.

Presidente Joe Biden no Salão Oval da Casa Branca em Washington
Joe Biden no Salão Oval da Casa Branca em Washington; o Senado americano aprovou pacote de estímulo de US$ 1,9 trilhão do presidente - SAUL LOEB / AFP

A Câmara controlada pelos democratas vai considerar nos próximos dias a versão do Senado do pacote de estímulo. Se aprovada, ela seguirá para a mesa de Biden para ser assinada como lei.

Com o mercado de trabalho ainda com 9,5 milhões de empregos a menos que em seu nível anterior à pandemia e os trabalhadores de baixa renda e comunidades de minorias étnicas sofrendo um golpe econômico desproporcional, o presidente considera o pacote essencial para garantir uma recuperação forte e igualitária.

Biden e sua equipe econômica recusaram críticas de alguns economistas de que o plano é excessivo e corre o risco de causar um pico de inflação, apesar de a economia americana ter dado alguns sinais de sólida recuperação em fevereiro, depois da crise no inverno.

O fracasso do presidente em conseguir que um único legislador republicano apoiasse a lei é um golpe para suas esperanças de usar sua experiência de décadas em Washington para promover uma nova era de bipartidarismo em apoio à sua agenda.

A oposição unânime dos republicanos deixou a aprovação do pacote de estímulo pelo Senado na corda bamba durante várias horas na sexta-feira (5), quando Joe Manchin, o senador democrata de centro da Virgínia Ocidental, pediu modificações nos dispositivos de ajuda ao desemprego contidos na lei.

Depois de horas de intensas negociações com membros graduados do Partido Democrata, Manchin concordou em apoiar a lei, permitindo seu avanço.

Os legisladores americanos passaram a noite votando no Senado uma série de emendas à lei apresentadas por membros dos dois partidos, enquanto os democratas recusavam pedidos dos republicanos de adiar para a manhã seguinte.

A peça central do pacote de estímulo é uma nova rodada de pagamentos diretos à maioria dos americanos, no valor de US$ 1.400 por pessoa, que será o terceiro cheque do governo desde o início da pandemia.

O primeiro entregou US$ 1.200 a cada cidadão americano um ano atrás, no início da crise, e um segundo pagamento de US$ 600 foi feito em dezembro passado.

Mas este plano é muito mais amplo, incluindo uma prorrogação dos benefícios de emergência federais aos desempregados no valor de US$ 300 por semana até o início de setembro, US$ 350 bilhões em ajuda aos governos estaduais e locais e a extensão de um crédito fiscal para crianças.

Os dispositivos de benefícios ao desemprego e a elegibilidade para cheques individuais foram aparados no trecho final das negociações da lei no Senado, sob pressão de democratas de centro.

No entanto, o maior golpe aos democratas progressistas e à Casa Branca veio quando um grupo de legisladores moderados, entre os quais Manchin, se uniram aos republicanos para recusar pedidos de incluir um aumento do salário mínimo federal para US$ 15 por hora.

Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves

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