Fechado acordo extrajudicial de US$ 225 milhões sobre 737 MAX da Boeing
Modelo se viu envolvido em dois acidentes, que deixaram 346 mortos
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Os acionistas americanos da Boeing chegaram a um acordo extrajudicial de US$ 225 milhões (R$ 1,24 bilhão) com os atuais e antigos diretores da fabricante de aeronaves, em um caso de negligência na segurança do 737 MAX, informou o The Wall Street Journal nesta quinta-feira (4).
Procurados pela AFP, nem os advogados dos acionistas nem os da Boeing quiseram fazer comentários sobre a notícia.
Os acionistas acusaram membros do conselho de administração da Boeing e vários executivos, assim como o atual presidente, David Calhoun, de não terem garantido o funcionamento eficaz dos instrumentos de controle e informação do 737 MAX.
De acordo com o WSJ, as indenizações serão pagas pelas seguradoras, não pelos membros do conselho, nem pelos executivos. A Boeing também concordou em contratar um mediador para lidar com as questões internas e nomear um representante do conselho com experiência em segurança aérea.
O acordo não exigirá que a Boeing admita sua negligência em nome dos réus no caso, acrescentou o WSJ.
O 737 MAX se viu envolvido em dois acidentes: um, operado pela Lion Air em outubro de 2018, e outro, pela Ethiopian Airlines em março de 2019. Ambos deixaram, ao todo, 346 mortos.
As investigações revelaram que ambos os incidentes estavam relacionados com o sistema de prevenção de acidentes (MCAS, na sigla em inglês).
Baseando-se em documentos internos, os acionistas disseram que os procedimentos de segurança adequados não foram implementados no 737 MAX depois do acidente de 2018, apesar dos relatos da imprensa relacionando a tragédia ao MCAS.
Fabricado em 2011 e lançado em 2017, o 737 MAX foi proibido de voar em março de 2019, até voltar a ser declarado seguro em novembro de 2020.
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