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Descrição de chapéu Pix

Bolsonaro acusa bancos de aderirem a carta pró-democracia após 'paulada' do Pix

Manifesto tem mais de 100 mil adesões, dentre elas, de banqueiros, como Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles

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Brasília

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quinta-feira (28) que bancos aderiram ao manifesto de empresários e integrantes da sociedade civil em defesa do Estado Democrático de Direito, porque o governo deu uma "paulada" neles com o Pix.

Na véspera, Bolsonaro já tinha minimizado o documento, chamando-o de "cartinha", em convenção nacional do PP.

"Você pode ver, esse negócio de carta aos brasileiros, à democracia, os banqueiros estão patrocinando. É o Pix que eu dei paulada neles, os bancos digitais que nós facilitamos", disse o presidente a apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada.

"Estamos acabando com o monopólio dos bancos. Eles estão perdendo poder. Carta pela democracia... Qual ameaça que eu estou oferecendo para a democracia?", completou.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) durante evento em São Paulo na última segunda (25) - Danilo Verpa - 25.jul.2022/Folhapress

O chefe do Executivo disse ainda que, à época da criação do Pix, um interlocutor chegou a defender imposto sobre a nova ferramenta de transferência. "Eu falei: não, não tem taxação."

O texto pró-democracia criticado por Bolsonaro é uma resposta às ameaças golpistas do chefe do Executivo. Como mostrou a colunista Mônica Bergamo, a "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito" já angariou mais de 100 mil adesões em menos de 24 horas após ser aberta ao público.

O documento, que começou com a assinatura de 3.000 pessoas, entre banqueiros, empresários, juristas, atores e diversas outras personalidades, será lançado em evento na Faculdade de Direito da USP, em São Paulo, no dia 11 de agosto.

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) declarou nesta quarta (27) a adesão a um segundo manifesto, também a favor da democracia, mas este articulado por organizações da sociedade civil. Em nota, a entidade informou que a decisão foi tomada por maioria (ou seja, de forma não unânime).

Controlados pelo governo, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil se posicionaram contra a decisão da Febraban.

A tese do Bolsonaro de que banqueiros assinaram o manifesto em retaliação ao Pix já havia sido publicizada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, na terça-feira (26).

"Se o senhor faz alguém perder [R$] 40 bilhões por ano para beneficiar os brasileiros, não surpreende que o prejudicado assine manifesto contra o senhor", afirmou o ministro, no Twitter.

Nogueira afirmou que as instituições deixaram de arrecadar com transferências, que eram cobradas, mais de R$ 40 bilhões com o Pix.

Ele disse ainda que os beneficiários do novo sistema também vão assinar "manifesto", apoiando Bolsonaro nas eleições em outubro. Hoje o presidente está em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto. No Datafolha, Bolsonaro aparece 19 pontos atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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