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Febraban diz que vai assinar manifesto pela democracia

Federação de bancos divulgou que vai subscrever documento 'Em Defesa da Democracia e da Justiça'

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São Paulo

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) afirmou em comunicado divulgado nesta quarta-feira (27) que vai assinar um manifesto organizado por entidades da sociedade civil em defesa da democracia.

"A Federação Brasileira de Bancos (Febraban), no âmbito de sua governança interna, por maioria, deliberou por subscrever documento encaminhado à entidade pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), intitulado 'Em Defesa da Democracia e da Justiça'", afirmou, em nota.

Sede da Fiesp na Avenida Paulista com a projeção da bandeira do
Sede da Fiesp na Avenida Paulista com a projeção da bandeira - Fiesp

Na terça (26), a Fiesp já havia confirmado à Folha sua participação no texto elaborado pelas entidades, que deve ser publicado no dia 11 de agosto nos principais jornais do país. A expectativa é que o documento tenha cinco parágrafos e seja escrito em um tom mais ameno que o manifesto dos ex-alunos da Faculdade de Direito da USP.

A federação também deve participar de um evento na Faculdade de Direito da USP no mesmo dia, em ato em defesa da democracia. As entidades ainda estão colhendo assinaturas para o documento, que terá como signatárias organizações da sociedade civil.

"A decisão da Febraban de subscrever o documento 'Em Defesa da Democracia e da Justiça' é positiva. A razão de ser de todas as federações, incluindo a dos bancos, é de se posicionar quanto ao futuro do Brasil e contribuir para a construção dele", avalia o ex-economista-chefe da entidade, Roberto Luis Troster.

A Febraban reúne as principais instituições bancárias privadas do país e também bancos públicos. O quadro associativo da entidade conta com 119 instituições financeiras associadas, de um universo de 155 em operação no Brasil. Elas representam 98% dos ativos totais e 97% do patrimônio líquido das instituições bancárias.

No ano passado, houve um atrito na Febraban, quando Caixa Ecônomica Federal e Banco do Brasil ameaçaram deixar a entidade, caso ela oficializasse a adesão a um outro manifesto em prol da democracia, que antecedeu os atos de raiz golpista de 7 de setembro organizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Procurado nesta quarta-feira, o Banco do Brasil disse que não iria se manifestar sobre a decisão da entidade de assinar o novo manifesto. Já a Caixa ainda não se posicionou.

MANIFESTOS UNEM ENTIDADES E SOCIEDADE EM DEFESA DA DEMOCRACIA

Além do manifesto "Em Defesa da Democracia e da Justiça", que conta com Fiesp e Febraban, um outro documento foi publicado na terça-feira (26), organizado por ex-alunos da Faculdade de Direito da USP, intitulado "Carta aos Brasileiros".

Esse documento já publicado reúne assinatura de banqueiros, empresários, economistas, juristas e outros representantes da sociedade civil. A "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito" já angariou 100 mil adesões em menos de 24 horas após ser aberta ao público.

Os dois manifestos serão lidos em cerimônias no dia 11 de agosto, no largo de São Francisco, onde fica a Faculdade de Direito da USP.

A primeira cerimônia deve ter empresários e demais representantes da sociedade civil, às 10h, no Salão Nobre, quando será lido o manifesto das entidades empresariais e associações. Na outra, às 11h30, será feita a leitura do manifesto "Carta aos Brasileiros".

No documento organizado pela faculdade, empresários, banqueiros, juristas e outros representantes da sociedade reafirmam a confiança no sistema eleitoral, em meio à escalada dos ataques feitos pelo presidente Jair Bolsonaro.

Entre os signatários, estão Arminio Fraga, economista e ex-presidente do Banco Central, Candido Botelho Bracher, ex-presidente do Itaú, Claudio Haddad, ex-presidente do Insper, José Guimarães Monforte, ex-presidente do Conselho de Administração do BB, e José Olympio Pereira, ex-presidente do Credit Suisse no Brasil.

Também assinam o documento Maria Sílvia Bastos e Luciano Coutinho, economistas e ex-presidentes do BNDES, Pedro Moreira Salles, presidente do conselho administrativo do Itaú Unibanco, e Roberto Setubal, ex-presidente do Banco Itaú.

Entre os economistas, também estão na lista Affonso Celso Pastore, Edmar Bacha, Elena Landau, Jose Roberto Afonso, Jose Roberto Afonso, Ana Carla Abrão, Bernard Appy, Fabio Giambiagi, Jose Roberto Mendonça de Barros, Luiz Gonzaga Beluzzo e Mário Theodoro.

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