Caixa promete fortalecer corregedoria e afasta nomes ligados a Guimarães
Órgão não será mais subordinado ao presidente; banco também anunciou mudanças na vice-presidência de Pessoas
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A Caixa Econômica Federal anunciou nesta terça-feira (19) mudanças na corregedoria do banco e afastou da vice-presidência dois nomes ligados ao ex-presidente Pedro Guimarães.
A corregedoria deixará de ser subordinada à presidência e será ligada ao Conselho de Administração —formado também por membros independentes e um representante dos empregados.
Desde que as denúncias de assédio sexual e moral contra Guimarães vieram à tona, entidades sindicais apontaram que os funcionários tinham medo de procurar a corregedoria porque o órgão estava abaixo da presidência.
A Caixa afirmou que o objetivo é "reforçar a autonomia e isonomia da atuação" da corregedoria. As mudanças foram comunicadas em um fato relevante ao mercado.
O banco também retirou da vice-presidência dois nomes próximos a Guimarães: o de Antonio Carlos Ferreira de Sousa, que estava na vice-presidência de Logística e Operações, e o de Camila de Freitas Aichinger, ex-vice-presidente da Rede de Varejo.
Antonio Carlos Ferreira de Sousa e Camila de Freitas Aichinger vão voltar para o quadro de empregados da Caixa. A vice-presidência da Rede de Varejo será ocupada por Júlio Cesar Volpp Sierra, funcionário do banco desde 2000.
O banco também anunciou a criação de duas novas vice-presidências: a de Sustentabilidade e Empreendedorismo e a de Gestão Corporativa, formada pela fusão da vice-presidência de Estratégia e Pessoas com a de Logística e Operações.
A Caixa afirmou que as mudanças na estrutura organizacional foram aprovadas pelo Conselho de Administração "a fim de conciliar a sua vocação social e de geração de resultados, aprimorar seus padrões de governança e tornar-se referência em sustentabilidade".
A vice-presidência de Gestão Corporativa será ocupada por Danielle Calazans, funcionária da Caixa desde 2007. O vice-presidente de Sustentabilidade e Empreendedorismo não foi anunciado.
"Busca-se com a adequação ampliar a integração da atuação em temas corporativos aderente às melhores práticas de mercado, proporcionando melhor comunicação interna, otimização, eficiência e fluidez na gestão de pessoas e processos", afirma o fato relevante.
"[Busca-se também] fortalecer e ampliar a atuação da sustentabilidade em todas as suas dimensões, destacando o empreendedorismo como ferramenta de transformação social. Consolidando, assim, as iniciativas e estratégias voltadas ao cliente e aos negócios inclusivos com impacto socioambiental."
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