Guedes nomeia Alexandre Ywata para secretaria de Produtividade, no lugar de Daniella Marques

Novo secretário já teve cargos de comando na Caixa Econômica Federal

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Bernardo Caram

Brasília | Reuters

O atual secretário de Desenvolvimento da Infraestrutura do Ministério da Economia, Alexandre Ywata, foi promovido ao posto de secretário especial de Produtividade e Competitividade da pasta nesta quarta (6).

Ywata é parte da dança das cadeiras iniciada com o escândalo envolvendo denúncias de abuso sexual pelo então presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. Ele ocupará o posto deixado na secretaria por Daniella Marques, que assumiu a presidência da Caixa no lugar de Guimarães.

A nomeação pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta.

Servidor de carreira do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Ywata é mestre em estatística pela Universidade de Brasília e PhD em estatística pela Northwestern University (EUA).

O novo secretário especial também foi presidente da Caixa Participações e teve cargos de comando na Caixa Econômica Federal.

Joaquim Levy foi presidente do BNDES durante seis meses e deixou o cargo em 2019. Ter sido ministro da Fazenda da ex-presidente Dilma Rousseff o colocou na mira de Bolsonaro desde sua indicação. Reuters/Adriano Machado - 7.jan.2019

Marcos Cintra foi secretário da Receita Federal de janeiro a setembro de 2019. Ele entrou com objetivo de preparar a proposta de reforma tributária, uma das promessas de campanha de Bolsonaro. Brazil Photo Press/Folhapress/Charles Sholl - 12.ago.2019

Ex-secretário do Tesouro, Mansueto Almeida foi um importante conselheiro de Paulo Guedes por conhecer o funcionamento da máquina pública. Ele ficou no cargo por um ano e 7 meses (jan.2019 a jul.2020). Reuters/Adriano Machado - 12.fev.2020

Caio Megale é ex-diretor de Programas da Secretaria Especial de Fazenda. Ele ficou no cargo por um ano e sete meses (jan.2019 a jul.2020). Não se adaptou ao serviço público. Folhapress/Reinaldo Canato - 16.abr.2019

Salim Mattar chefiou a secretaria de Desestatização, Desinvestimento e Mercado e conduzia o plano de privatizações que, segundo Guedes, permitiria levantar até R$ 1 trilhão. Foi alvo do Congresso e ala militar do governo pois não sabia lidar com a burocracia federal e reclamava de que tudo ficava centralizado no PPI (Programa de Parcerias de Investimentos). Reuters/Amanda Perobelli

Jeferson Bittencourt é ex-secretário do Tesouro Nacional e entrou na equipe com a missão de cuidar dos números do Tesouro e monitorar as contas públicas. Após dois anos e dez meses no cargo, decidiu sair após decisão do governo de driblar o teto de gastos para expandir despesas em 2022. Agência Brasil/

Paulo Uebel foi secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital desde o início do governo Bolsonaro, em janeiro de 2019, até agosto de 2020. Seu objetivo era realizar a reforma administrativa, mas Bolsonaro e servidores fizeram pressão por sua saída para adiar as mudanças no funcionalismo. Agência Senado/Jefferson Rudy

Vanessa Canado foi assessora especial para a reforma tributária por um ano e cinco meses (nov.2019 a abr.2021). Ela entrou com objetivo de colaborar na construção da reforma tributária, mas as propostas ficaram travadas por disputas com Congresso. Folhapress/Reinaldo Canato - 24.jun.2019

Bruno Funchal foi secretário especial de Tesouro e Orçamento por quase três anos (jan.2019 a out.2021). Ele decidiu sair após a decisão do governo de driblar o teto de gastos para expandir despesas em 2022. Ascom/Edu Andrade - 14.abr.2020

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