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Justiça do Trabalho na França decide que concurso de miss não é discriminatório

Associação feminista denunciou disputa por recrutar candidatas que tivessem 1,70 m, fossem solteiras e representassem a 'beleza'

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AFP

A justiça francesa rejeitou esta sexta-feira (6) o processo de uma associação feminista que levou o concurso Miss França a um tribunal do Trabalho por considerar "discriminatórias" as condições de recrutamento das candidatas.

A associação Osez le féminisme ('Ouse o feminismo', em tradução livre) denunciou a organização do concurso em outubro de 2021 pelas cláusulas que então eram impostas às candidatas, como medir pelo menos 1,70 metro, ser solteira ou representar a "beleza".

Embora o tribunal tenha se declarado competente para estudar o processo, o caso foi arquivado, informou a associação, que considerou a decisão "intolerável", capaz de "perpetuar um processo de contratação discriminatório e ilegal."

A Miss França 2021, Amandine Petit, durante o 61º Festival de Televisão de Monte Carlo, em Mônaco, no ano passado. - Valery HACHE / AFP

A Osez le feminisme, que não descarta recorrer da decisão, também contestou o vínculo jurídico entre o concurso e as candidatas, que desde o ano passado assinaram contrato de trabalho como "modelos."

Para as ativistas, os contratos devem começar a partir da seleção regional das candidatas, e não a apenas três dias antes da eleição nacional.

Em seu relatório anual de 2019 sobre sexismo na França, o Conselho Superior para a Igualdade entre Mulheres e Homens, um órgão consultivo do governo, chamou o concurso de miss de "caricatura arcaica".

Em novembro, a presidente da Sociedade Miss França, Alexia Laroche-Joubert, negou aos jornalistas que a eleição da miss francesa pudesse ser considerada "sexista" e denunciou uma tentativa de "censura."

Embora o critério de estatura seja mantido, a última edição, em 2022, trouxe mudanças: desapareceu o limite máximo de idade de 24 anos, as candidatas podem ser casadas e mulheres transexuais também podem participar.

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