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GM em São José terá férias coletivas e pausa em demissões até abril

Acordo fechado com o sindicato dos metalúrgicos promete estabilidade aos 4.000 empregados da fábrica

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São Paulo

Os metalúrgicos de São José dos Campos (a 90 km de São Paulo) fecharam um acordo com a GM para congelar novas demissões até o dia 19 de abril, quando há previsão de uma nova rodada de negociações.

A data foi definida por ser uma semana depois do fim do período de férias coletivas definido pela montadora. Cerca de 80% da fábrica ficará em casa de 27 de março a 13 de abril.

O anúncio das férias coletivas foi feito na sequência de 34 demissões realizadas na sexta (3). Ao todo, a unidade de São José tem cerca de 4.000 funcionários. Na terça (7), os operários fizeram uma paralisação em frente à fábrica. No mesmo dia, a montadora chamou o sindicato para conversar.

Entrada da GM em São José dos Campos - Roosevelt Cassio-22.jan.19/Reuters

Segundo Weller Gonçalves, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, a GM justificou as demissões e a pausa pela necessidade de readequar a produção. Falhas no abastecimento de componentes como semicondutores ainda têm desregulado o ritmo de produção.

Apesar de o corte ter sido pequeno em relação ao número total de empregados, os metalúrgicos consideraram um indicativo de que mais demissões seriam feitas. Preocupa a entidade o plano da GM de reestruturar seus negócios para investir mais na produção de elétricos.

Em São José do Campos, a maior parte da produção é dedicada à picape S10; há também a produção de Trailblazer. Em 2021, a S10 teve 35.045 unidades vendidas no Brasil, volume que caiu para 27.128 unidades em 2022. A queda é de 22,6%.

A GM confirma a concessão de férias coletivas e diz que fará um ajuste temporário na produção da S10.

"A empresa assinou o acordo de estabilidade e isso é importante para termos um pequeno fôlego para negociar", diz Gonçalves, do sindicato.

Essa não é a primeira pausa desse tipo na GM em São José. Desde o início da pandemia, em 2020, a cadeia de fornecimento de chips semicondutores vive instabilidades no ritmo de fornecimento. A fábrica já chegou a suspender turnos de produção e conceder lay-offs, as suspensões temporárias de contratos de trabalho.

Colaborou Eduardo Sodré

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