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Produção de veículos leves e pesados tem alta de 0,8% no primeiro bimestre

Apesar dos períodos de férias coletivas e Carnaval, as linhas de montagem foram menos afetadas por problemas de fornecimento

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São Paulo

A produção de veículos leves e pesados terminou o primeiro bimestre com alta de 0,8% na comparação com o mesmo período de 2022. O número foi divulgado nesta segunda (6) pela Anfavea (associação das montadoras).

Foram montadas 152,7 mil unidades em janeiro e 161,2 mil em fevereiro, ritmo normal para um começo de ano. Apesar dos períodos de férias coletivas e Carnaval, as linhas de montagem foram menos afetadas por problemas de fornecimento.

Carros espalhados no pátio da montadora Hyundai no km 17 da rodovia Anhanguera em São Paulo - Jorge Araújo 5.jul.16/Folhapress

Três fábricas da Volkswagen chegaram a interromper a produção por cerca de 10 dias devido à escassez de semicondutores. Contudo o cenário atual é diferente daquele início de 2022, marcado por paralisações nas linhas de montagem por falta de peças.

Naquela época, os estoques minguados e a demanda reprimida eram as preocupações da indústria. Hoje o problema é o encarecimento do crédito, que se reflete no aumento dos estoques.

Fevereiro terminou com 129,9 mil veículos leves e pesados emplacados, segundo a Fenabrave (associação dos distribuidores de veículos). A média diária chegou a 7.219 unidades, resultado melhor que o registrado em janeiro (6.493).

Os estoques chegaram a 187,4 mil unidades em fevereiro, quantidade suficiente para atender a 40 dias de vendas. Há um ano, o volume disponível dava conta de 27 dias de comercialização.

As locadoras se destacaram entre os grandes compradores, o que fez a participação das vendas diretas chegar a 43,9% do total de emplacamentos.

México se destaca nas exportações

As exportações registraram queda de 2,6% no bimestre, resultado que é atribuído ao menor número de dias úteis do mês de fevereiro. Em valores, contudo, houve alta de 28,5%.

O México tem se destacado como parceiro nesse segmento, com crescimento de 20% no volume de veículos enviados a partir do Brasil neste primeiro bimestre. Um dos motivos é a mudança em curso na relação de livre comércio.

O acordo, assinado em 2002, passou a envolver caminhões e ônibus em julho de 2020. Desde então há a redução gradativa de tarifas para veículos pesados, com isenção plena prevista para o próximo mês de junho.

Elétricos devem crescer com produção na Argentina

As vendas de carros híbridos e elétricos cresceram 45% na comparação entre o primeiro bimestre de 2023 e o mesmo período de 2022. A Anfavea acredita que 70,5 mil unidades devem ser comercializadas ao longo deste ano.

Os modelos 100% elétricos devem ganhar mais espaço com a linha de produção da chinesa Chery na Argentina. O anúncio será feito nesta quarta (8). No Brasil, a montadora é parceira do grupo Caoa, com produção concentrada em Anápolis (GO).

Um dos candidatos a ocupar a fábrica no país vizinho é o subcompacto iCar, que custa R$ 150 mil e hoje é importado da China.

Com a produção na Argentina, os carros elétricos da Chery chegarão ao Brasil sem restrições de volume. O investimento é estimado em R$ 2 bilhões.

Ao que tudo indica, os chineses devem avançar nesse mercado com produção na América do Sul.

A BYD está prestes a confirmar novas linhas de montagem no Brasil. Embora ainda não haja confirmações das montadoras, as negociações estão avançadas com a Ford e o Governo da Bahia, e ainda há a possibilidade de se implantar a fabricação de componentes no Paraná.

A GWM, que vai revelar os preços de seus primeiros carros à venda nesta semana, já confirmou a produção de modelos híbridos flex em Iracemápolis. O primeiro será a picape média da marca Proer.

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