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Azeite de oliva deve continuar caro no próximo ano, preveem europeus

Maiores produtores de azeitona sofrem com condições climáticas e levam preço do produto às alturas

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Santul Nerkar
The New York Times

Há algo diferente ultimamente sobre o azeite de oliva que Michelle Spangler compra, engarrafa e infunde com sabores como manjericão e laranja vermelha, também chamada de laranja sanguínea, para sua loja em Dallas, nos Estados Unidos. Não é o sabor, mas o custo: os preços globais do azeite de oliva atingiram níveis recordes, mais que dobrando no último ano.

Assim como o petróleo que vem do solo, o azeite de oliva é uma commodity negociada mundialmente, com eventos em uma parte do planeta repercutindo longe. A seca na Espanha, maior produtora mundial de azeite de oliva, devastou as colheitas recentes, e o mau tempo afetou as plantações de azeitonas em outros grandes produtores como Itália, Grécia e Portugal.

O sudoeste da Europa, que responde por mais da metade da produção mundial de azeite de oliva, é para o azeite de oliva o que o Oriente Médio é para o petróleo bruto. E as coisas não estão boas para a próxima colheita europeia, que começou neste mês: a Comissão Europeia disse recentemente que a produção de azeite de oliva na Espanha, Itália e outros países da União Europeia se recuperaria apenas ligeiramente em relação à queda de 40% da última temporada, limitando o fornecimento e aumentando os preços.

Alta do azeite de oliva levará Michelle Spangler a aumentar os preços do produto em até 15% em sua loja especializada em azeite nos Estados Unidos - Zerb Mellish/The New York Times

Os Estados Unidos importam quase todo o azeite de oliva que consome, principalmente da Espanha e da Itália. O resultado do clima hostil nesses países são preços subindo a alturas vertiginosas, bem acima de US$ 9.000 (R$ 45,5 mil) por tonelada métrica, o que se reflete nas prateleiras das lojas. Uma garrafa de 750 ml de azeite extra virgem da Bertolli que custava cerca de US$ 9 (R$ 45,50) na mercearia em outubro do ano passado custa cerca de US$ 11 (R$ 55,50) hoje, um aumento de quase 22%, segundo a IRI, fornecedora de dados.

O azeite de oliva se tornou tão caro que atraiu gangues criminosas, com alguns roubos especialmente audaciosos em fazendas e fábricas na Espanha e na Grécia.

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