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Sob críticas, Elon Musk ameaça processar organização que supervisiona veículos de mídia

Grandes empresas dos EUA deixaram de anunciar na rede após serem promovidas ao lado de conteúdo antissemita

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São Paulo | Reuters

Elon Musk ameaçou neste sábado (18) processar a organização Media Matters, que supervisiona veículos de media, e aqueles que atacaram sua plataforma de redes sociais X (ex-Twitter), após decisões de várias grandes empresas dos Estados Unidos de interromper publicidades no site após serem promovidas ao lado de conteúdo antissemita.

Musk e o X foram observados de perto a semana inteira por causa de conteúdos racistas e antissemitas que proliferaram no site desde que ele o comprou em 2022.

O grupo progressista Media Matters for America disse mais cedo nesta semana que encontrou publicidades da IBM, Apple e outras empresas posicionadas junto com conteúdos promovendo Adolf Hitler e o Partido Nazista.

Na última quarta-feira (15), Musk endossou uma publicação antissemita no X que falsamente alegava que membros da comunidade judaica estavam alimentando o ódio contra os brancos, atraindo fortes críticas, inclusive da Casa Branca.

Várias empresas suspenderam publicidade nos últimos dois dias, incluindo IBM, Disney, Warner Bros Discovery, Comcast, Lions Gate Entertainment e Paramount Global. O Axios publicou que a Apple, maior empresa do mundo por valor de mercado, faria o mesmo.

A Media Matters disse neste sábado que Musk é um "valentão" que ameaça com "processo sem méritos".

No dia 14 de março, Elon Musk adquiriu uma participação de 9,2% no Twitter, que foi revelada no dia 9 de abril. Com a aquisição, Musk tornou-se o maior acionista da rede social e foi convidado a participar de seu conselho administrativo, mas recusou. AFP/Dimitrios Kambouris

Um mês depois, em 14 de abril, o bilionário anunciou uma oferta de US$ 44 bilhões para fechar o capital do Twitter, que, a princípio, recusou a proposta e usou uma manobra corporativa conhecida como "poison pill" para tentar bloquear a aquisição. Reuters/Dado Ruvic

No dia 25 de abril, porém, o Twitter aceitou a oferta de Musk. Seu cofundador Jack Dorsey apoia publicamente a proposta, chamando-a de "solução singular" para os problemas do site. Reuters/Shannon Stapleton

Em 13 de maio, Musk afirma que o acordo do Twitter está "pausado" por causa de bots e contas de spam e pede a Agrawal que "comprove" métricas de contas falsas na plataforma. Em seu balanço trimestral, divulgado em abril, a plataforma admitiu ter inflado dados de audiência por três anos. AFP/Olivier Douliery

Elon Musk desistiu da proposta em 8 de julho, mas o Twitter continuou comprometido com o acordo e entrou na Justiça para forçar o bilionário a bancar a oferta. Duas semanas depois, a empresa divulgou seus ganhos no segundo trimestre e culpou Musk e a queda de anúncios pela receita abaixo das expectativas de Wall Street. Reuters/Dado Ruvic

Em 29 de setembro, centenas de mensagens revelam uma lista de figuras da tecnologia se oferecendo para ajudá-lo a concluir o acordo. O podcaster Joe Rogan perguntou a Musk se ele pretendia "libertar o Twitter da turma feliz da censura". As mensagens, divulgadas em um documento judicial, também parecem mostrar a aparente ruptura das relações entre Musk e Agrawal.. AFP/Liones Bonaventure

Em uma reviravolta impressionante, Musk envia carta ao Twitter dizendo que o acordo original de US$ 44 bilhões continua em vigor desde que ele ainda possa obter o financiamento necessário e com a condição de que o litígio seja interrompido. Ele diz que a propriedade do Twitter formará a base de sua visão para um novo aplicativo que "faz tudo". Reuters/Dado Ruvic

Em 27 de outubro, o bilionário concluiu a aquisição da rede social por US$ 44 bilhões. Ao assumir o controle, demitiu diretores, incluindo o CEO Parag Agrawal, e afirmou que "o pássaro foi liberto". REUTERS/DADO RUVIC

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