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Inflação está demorando mais do que esperado para atingir meta, diz Powell

Consenso do mercado financeiro projeta primeiro corte de juros nos Estados Unidos em setembro, mas há quem espere apenas em 2025

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Claire Jones
Washington | Financial Times

O presidente do Federal Reserve dos Estados Unidos, Jerome Powell, disse que é provável que leve mais tempo do que o esperado para a inflação retornar à meta de 2%, a ponto de justificar cortes nas taxas de juros.

"Dissemos na última decisão que precisaremos de maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção a 2% antes que seja apropriado flexibilizar a política", disse Powell nesta terça-feira (16).

Presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, discursa em audiência no Senado, em Washington, EUA, em 7 de março de 2024 - REUTERS

"Os dados recentes de inflação claramente não nos deram maior confiança e, em vez disso, indicam que provavelmente levará mais tempo do que o esperado para alcançar essa confiança."

O Fed indicou anteriormente que pretendia reduzir as taxas de um pico de 23 anos de 5,25-5,5% este ano, mas o momento do primeiro movimento agora está sendo debatido diante de sinais de força persistente na economia dos EUA e de uma inflação mais alta do que o esperado.

As observações de Powell vieram após números de inflação do índice de preços ao consumidor em março levarem os mercados a reduzir as expectativas de que o Fed cortaria as taxas já em junho.

Os investidores agora preveem que o primeiro movimento ocorrerá em setembro, com uma minoria crescente apostando que não haverá cortes este ano.

Embora a meta do Fed esteja vinculada a outro índice de inflação — para despesas de consumo pessoal — Powell também destacou que o núcleo do PCE, que exclui os custos voláteis de alimentos e energia, provavelmente permaneceu pouco alterado em março em relação a fevereiro, em 2,8%.

"Nas medidas de inflação de três e seis meses, na verdade, estão acima desse nível", disse o presidente do Fed.

As observações destacam a crescente divergência entre as expectativas de taxas do Fed e de outros grandes bancos centrais.

A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, disse mais cedo nesta terça-feira que a autoridade monetária da zona do euro ainda estava no caminho para reduzir as taxas "em um prazo razoavelmente curto", desde que não haja grandes choques do Oriente Médio ou de outros pontos de tensão geopolítica.

Lagarde disse que o BCE está "observando um processo desinflacionário" em linha com suas previsões, o que a faz confiante de que a inflação na região atingirá sua meta de 2% até o meio do próximo ano, mesmo que o caminho até lá seja provavelmente "acidentado".

"Se não tivermos um grande choque nos desenvolvimentos, estamos caminhando para um momento em que teremos que moderar a política monetária restritiva que temos, em um prazo razoavelmente curto", disse ela à CNBC.

Ambos os bancos centrais aumentaram rapidamente as taxas durante 2022 e 2023 para conter o pior surto de inflação em uma geração. No entanto, uma economia dos EUA mais forte fez com que as pressões de preços permanecessem mais fortes do que as da Europa.

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