Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O dólar continua sendo a principal moeda de reserva do mundo, e nem o euro nem os países do Brics conseguiram reduzir a dependência global da divisa norte-americana, segundo um novo estudo do Centro Geoeconômico do Atlantic Council.
Segundo o Monitor do Domínio do Dólar, a moeda continua a dominar as reservas estrangeiras, o faturamento comercial e as transações monetárias em todo o mundo, e seu papel como a principal moeda de reserva global está garantido a curto e médio prazo.
A dominância do dólar —o papel desproporcional do dólar norte-americano na economia mundial— foi fortalecida recentemente devido à economia robusta dos Estados Unidos, à política monetária mais rígida e ao aumento dos riscos geopolíticos.
Dominância acontece mesmo que a fragmentação econômica tenha fortalecido a pressão dos países do Brics para adotarem outras moedas internacionais e de reserva.
O relatório do Atlantic Council disse que as sanções ocidentais contra a Rússia, impostas pelo Grupo dos Sete países de economia avançada após a invasão da Ucrânia por Moscou, aceleraram os esforços dos países do Brics para desenvolver uma união monetária, mas o grupo não conseguiu progredir em seus esforços de desdolarização.
O Brics é uma organização intergovernamental composta por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos.
O conselho informou que o CIPS (Sistema de Pagamento Interbancário Transfronteiriço) da China adicionou 62 participantes diretos nos 12 meses até maio de 2024, um aumento de 78%, elevando o total para 142 participantes diretos e 1.394 participantes indiretos.
As negociações em torno de um sistema de pagamento intra-Brics ainda estavam nos estágios iniciais, mas acordos bilaterais e multilaterais dentro do grupo poderiam formar a base para uma plataforma de câmbio ao longo do tempo.
Entretanto, esses acordos não eram facilmente escalonáveis, pois eram negociados individualmente, segundo o relatório.
O estudo observou que a China tem apoiado ativamente a liquidez do iuan por meio de linhas de swap com seus parceiros comerciais, mas a participação da moeda chinesa nas reservas globais de moeda estrangeira caiu para 2,3% em relação ao pico de 2,8% em 2022.
"Isso possivelmente se deve à preocupação dos gerentes de reservas com a economia da China, sua posição na guerra entre Rússia e Ucrânia e uma possível invasão chinesa de Taiwan, contribuindo para a percepção do renminbi (como o iuan é oficialmente chamado na China) como uma moeda de reserva geopoliticamente arriscada", disse o relatório.
O euro, que já foi considerado um concorrente do papel internacional do dólar, também estava se enfraquecendo como moeda alternativa, com aqueles que buscavam reduzir sua exposição ao risco voltando-se para o ouro, segundo o relatório.
Segundo ele, as sanções russas deixaram claro para gestores de reservas que o euro estava exposto a riscos geopolíticos semelhantes aos do dólar.
As preocupações com a estabilidade macroeconômica, a consolidação fiscal e a falta de uma união dos mercados de capitais europeus também prejudicaram o papel internacional do euro, segundo o relatório.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters