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Americanas não tem trégua, Lula fala sobre isenção do IR e o que importa no mercado

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Victor Sena
São Paulo

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Americanas em queda. De novo

O advogado pernambucano Inácio Melo Neto, maior acionista da Americanas, não mudou sua estratégia depois do prejuízo bilionário revelado nesta semana.

↳ As ações despencaram 57% no pregão de ontem, mas o investidor decidiu ampliar sua fatia do patrimônio da empresa, agora em torno de 12,5%.

Perdas. As ações de Inácio valiam R$ 70 milhões em 15 de julho, momento em que alcançou o primeiro lugar na lista de investidores. Ele conversou com a Folha na época e disse acreditar na recuperação.

↳ Com a queda recente, todos os seus papéis, incluindo os novos aportes, caíram dos R$ 70 milhões para apenas R$ 17 milhões em um mês.

Muita fé. "Eu considero que o prejuízo está controlado", disse Melo Neto nesta quinta-feira (15) à repórter Daniele Madureira. Ele reafirmou que acredita na companhia.

Membro de uma família tradicional de Olinda, Melo Neto comanda instituições de ensino e foi vereador em Recife de 2008 a 2012.

Ele se diz fã dos bilionários Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira, Marcel Telles, acionistas de referências da empresa.

  • "Os homens mais ricos do Brasil não fariam um aporte de R$ 12 bilhões em um mau negócio", disse à Folha.

"Preju". A Americanas, em recuperação judicial desde a fraude contábil de R$ 25 bilhões revelada em janeiro de 2023, registrou um prejuízo de R$ 2,3 bilhões no ano passado.

Apesar do rombo, o número é bem inferior às perdas de R$ 12,2 bilhões de 2022, último ano da gestão investigada pela fraude.

Relembre: membros da antiga administração são investigados por mascarar dívidas com fornecedores nos balanços. Isso ajudava a valorizar as ações no mercado porque indicavam uma saúde financeira melhor.

A Americanas demitiu, fechou lojas e propôs uma reestruturação no último ano. São R$ 42 bilhões em dívidas, em renegociação com grande bancos, como Santander e BTG Pactual.

Uma operação da Polícia Federal retomou o caso em junho. Foram cumpridos mandados de busca, apreensão e até de prisão contra o ex-CEO, Miguel Gutierrez.

Alto risco. A Folha revelou na noite que ontem que executivos da empresa tentaram segurar o impacto negativo do escândalo sobre o preço das ações no ano passado.

Eles pressionaram as agências de rating S&P, Moody’s e Fitch, que fazem análises financeiras sobre empresas e países para basear a decisão de investidores.

↳ Mensagens de WhatsApp trocadas por executivos poucos dias após a revelação da fraude indicam uma tentativa de ganhar tempo.

↳ A Americanas teve sua nota rebaixada nos dias seguintes.

Tudo novo. A gestão atual afirma que começa a colher alguns resultados positivos, mesmo que investidores não vejam as coisas assim e tenham levado à queda das ações em mais de 50% nesta quinta-feira.

↳ A melhora no prejuízo foi resultado de uma distribuição mais eficiente de produtos nas lojas físicas e negociações mais próximas com fornecedores.

O presidente Leonardo Coelho descreveu o quadro como o de uma empresa menor, essencialmente do varejo físico.

↳ As novas apostas são venda de guloseimas, cosméticos, utilidades domésticas e brinquedos.


Boeing quer voltar ao topo

Com um novo CEO no comando, a fabricante de aviões Boeing quer recuperar a liderança do mercado. Mas Kelly Ortberg, que assumiu a empresa americana há poucas semanas, terá obstáculos consideráveis pelo caminho.

Relembre: sua principal concorrente, a europeia Airbus, alcançou um marco histórico há quatro anos: seus aviões superaram, pela primeira vez, os da Boeing em número de voos ao redor do mundo.

As duas gigantes formam um duopólio no mercado de aviões de passageiros. Em número de vendas, a europeia já havia superado a americana em 2019.

↳ Desde então, a Airbus alcançou 64% do mercado de aviões "single-aisle" (de um corredor só), os mais procurados na aviação.

Não faltam clientes.O alento para os investidores é que a Boeing não sofre com falta de encomendas, pois as companhias aéreas sempre precisam renovar suas frotas.

Mas… Ela ainda enfrenta as consequências de acidentes fatais envolvendo o modelo 737 Max na Indonésia, em 2018, e na Etiópia, em 2019, além de um incidente este ano, quando um painel se soltou de um avião em pleno voo.

Os eventos resultaram em uma rigorosa investigação e forçaram a empresa a revisar seus processos de fabricação e cultura interna. Os 737 Max ficaram quase dois anos no chão. Voltaram a ser produzidos e vendidos, mas com restrições.

↳ O prejuízo foi de US$ 1,4 bilhão (R$ 7,86 bilhões) no segundo trimestre.

Em meio a esse cenário... A linha A321 da Airbus ganhou mercado. Autoridades europeias aprovaram recentemente o modelo de grande porte A321 XLR, que já tem 500 encomendas e pode atrapalhar mais a Boeing.

Apesar de estar à frente, a europeia também enfrenta atrasos na entrega de motores e outras peças, que impactam sua produção.

O resultado é uma escassez de aviões, devido a gargalos na cadeia de produção.

Oportunidade para a Embraer? Talvez.

O domínio das duas empresas deve continuar, como destaquei nesta edição da newsletter. Elas acumulam uma fila de encomendas de 15 mil aviões, com entregas previstas até o fim da década.

Mesmo assim, analistas de mercado veem a brasileira Embraer e a chinesa Comac como potenciais concorrentes, especialmente em modelos específicos.

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