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Volvo abandona promessa de vender apenas carros elétricos até 2030

Queda na demanda forçou montadora a revisar metas de eletrificação completa da frota automotiva

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Gotemburgo (Suécia) | Financial Times

A Volvo abandonou a meta de vender apenas carros elétricos até 2030 em meio à queda global na demanda por veículos movidos a bateria.

O grupo sueco de propriedade da Geely havia sido o primeiro entre os fabricantes de automóveis tradicionais a prometer uma mudança completa para veículos elétricos, e continua sendo o mais otimista sobre a transição, mesmo quando concorrentes como Ford e General Motors também recuaram em suas metas de EVs (veículos elétricos, na sigla em inglês).

Jim Rowan, CEO da Volvo, culpou as mudanças nas condições de mercado e as preocupações dos consumidores com a falta de infraestrutura de carregamento por sua meta revisada.

Detalhe de um SUV elétrico da Volvo é exibido durante a Electrify Expo em 23 de julho de 2023 em Washington, DC. A exposição destacou carros elétricos, bicicletas e outras tecnologias novos e prestes a serem lançados. - Getty Images via AFP

"Estaremos prontos para nos tornarmos totalmente elétricos nesta década", disse Rowan ao apresentar o novo utilitário esportivo totalmente elétrico da Volvo.

Mas ele acrescentou que a "transição complexa" provavelmente levará mais alguns anos: "Os clientes e os mercados estão se movendo em velocidades diferentes."

Sob a meta revisada, a Volvo agora pretende transformar de 90% a 100% das vendas globais em veículos eletrificados, o que também inclui híbridos plug-in —um segmento no qual disse que continuará investindo diante da crescente demanda dos consumidores.

As vendas de EVs diminuíram globalmente principalmente devido à falta de ofertas acessíveis, com carros movidos a bateria custando cerca de 20% a 30% a mais do que veículos a combustão interna. As quedas no crescimento das vendas foram particularmente acentuadas na Europa, onde a Alemanha e outros países encerraram abruptamente os subsídios para a compra de EVs.

Analistas do HSBC esperam que a penetração de EVs na Alemanha diminua ligeiramente em relação ao ano passado, para 15%, com as vendas caindo 20% durante o período de janeiro a julho. Para a Europa, espera-se uma penetração de EVs de 14,8% em 2024, em comparação com 14,5% no ano passado.

Os analistas também alertaram que tarifas mais altas nos EUA e na Europa sobre importações de EVs chineses provavelmente manterão os preços altos, uma vez que as empresas serão obrigadas a produzir veículos em fábricas de custo mais alto fora da China.

A Volvo já possui fábricas na China, Suécia e Bélgica, e está construindo uma nova fábrica na Eslováquia. Mas, diante do aumento do protecionismo, a empresa disse que produzirá seu modelo EX30 EV em sua fábrica em Ghent, bem como na China a partir do próximo ano.

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