Assessores de Trump defendem chefe de gabinete criticado
John Kelly foi alvo de críticas pela forma como lidou com suspeito de abuso
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Assessores de Donald Trump passaram o domingo (11) tentando aplacar rumores de que o presidente dos EUA busca substituto para seu chefe de gabinete, o general John Kelly, após surgirem dúvidas quanto à forma como ele lidou com acusações a um subordinado por abuso.
Kellyanne Conway, principal conselheira de Trump, afirmou que o presidente lhe pediu para deixar claro que ele apoia Kelly no caso envolvendo ser secretário de pessoal Rob Porter, que pediu demissão na quarta (7) após suas duas ex-mulheres terem dito que sofreram abuso.
Sua saída repentina provocou questionamentos sobre quanto tempo a equipe do presidente levou para tomar medidas a respeito do caso —a imprensa americana relata que Kelly foi informado das alegações em novembro.
"Ele tem total confiança em seu chefe de gabinete, o general John Kelly, e não está procurando um substituto", disse ela em entrevista em um programa da TV ABC.
Dois dias após a saída de Porter, outro funcionário da Casa Branca, o redator de discursos David Sorensen, pediu demissão diante de alegações de violência de sua ex-mulher. Tanto Porter quanto Sorensen negam a acusação.
O escândalo estoura à luz de meses de denúncias e acusações de assédio e agressão sexual contra pesos-pesados do entretenimento, da política e dos negócios nos EUA.
Kelly, até agora, recebeu o ônus do caso Porter, segundo uma fonte da Reuters familiarizada com o caso, e chegou a oferecer sua renúncia, mas ela foi rejeitada.
Marc Short, assessor de Trump para temas do Congresso, negou que Kelly tenha sugerido renunciar e afirmou que o trabalho do chefe de gabinete —que nos EUA funciona como o do ministro da Casa Civil— é notável.
O diretor do Orçamento, Mick Mulvaney, afirmou que os rumores vêm de gente desgostosa por ter perdido acesso ao presidente após a chegada do general, em julho. "É muito barulho por nada", afirmou à Fox News.
Segundo Mulvaney, Trump e Kelly estão "tristes" com as acusações. "Dar a Porter o benefício da dúvida é uma reação humana [do presidente e do assessor]", afirmou.
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